quarta-feira, 16 de junho de 2010

Gonzagão

Soneto à Luiz Gonzaga


Foi Gonzaga o pai rei do baião

Asa branca canção tão emblemática

Assum preto poesia sistemática

Asa branca de volta pro sertão


Com Humberto Teixeira campeão

Mula preta também se deu exata

Numa sala reboco canção nata

Junto com Marculino fez canção.


Piauí, Piriri, Quer ir mais eu?

Com Zé Dantas Gonzaga foi plebeu

Ao fazer a famosa Sabiá


Com Riacho o navio fez passagem

Disse Olha pro céu, pra ver miragem

Carolina cheirando a beira mar.


Renato Santos


Luiz Gonzaga, Rei do baião


Das canções desse homem tão famoso

Maioria se faz hoje presente

Sua vida pra muitos foi vivente

De um arcanjo tão belo glorioso

Transformava o feio em formoso

Sendo arte, poesia, rima, glória.

Ficará para sempre na memória

Da nação envolvente do sertão

Foi saudoso foi pai, rei do baião

E seu nome é um marco na história.


Renato Santos


Tem na rosa a essência do amor
A mulher sendo seu recipiente
Nenhum homem não sabe o que ela sente
Quando alguém desrrespeita seu valor
Toda dama é formosa como a flor
E nos dá atenção e alegria
Mas a minha se foi um certo dia
E eu não dei atenção a minha amada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Saudade


Conheci certa noite uma menina
Foi paixão que eu vi no seu olhar
O seus olhos azuis igual ao mar
Encontrei ao seu lado minha sina
Tempo passa e a gente só ensina
Que amor se deriva de alegria
Foi-se embora a mulher que eu mais queria
E eu olhando
não pude fazer nada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia

Muito triste é viver sem união
Sem carinho, amor e sem abraço
Pois vivemos nós dois um forte laço
De amor, de romance e de paixão.
Acabou-se porém à relação
E a distancia se fez de dinastia
Não deu tempo eu voltar já te perdia
E a tristeza a mim foi condenada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia

segunda-feira, 7 de junho de 2010

quem disse os pequenos são pedaço?



Pode ter a coragem do elefante

Dando aula ao humano asqueroso

Diferente do homem preguiçoso

Dedicada à formiga é declarante

Tão pequena, mas torna-se gigante.

Tem a força e coragem do leão

Tal bravura se faz de inspiração

Talvez queira nos dar uma mensagem

Se até os pequenos tem coragem

Por que não receber sua lição?

Com o néctar vindo de uma flor

A abelha o transforma e faz o mel

Como pode um inseto ter no céu

Tal noção de complexo louvor

Faz enxames e adoça esse sabor

Demonstrando saber compreensão

É exemplo maior de união

Pra viver só dependem da viajem

Se até os pequenos tem coragem

Por que não receber sua lição?

Renato Santos


Ciúme

É como a foice da morte
Cortando a alma do amor
Trás desconfiança e dor
Sendo um sentimento forte

Quando chega acaba a sorte
Deixando apenas pavor
Matando qualquer valor
É uma faca sem corte

Palavra que tudo faz
Mata sonhos geniais
Acaba qualquer paixão

É coisa ruim é maldade
Parceira da vaidade
Destrói qualquer coração


Renato Santos
1ª Dívida

Numa sexta chegando eu meu leito
Uma mera lembrança fez retrato

O primeiro ciúme foi relato

De uma conta aberta em meu peito


Uma dívida feita de tal jeito

Sem temer sentimento tão barato

Não há ouro que finde esse contrato

Ou retire de mim tal preconceito


Dia quatro de Junho foi a noite

Um chicote em meu corpo fez açoite

Me deixando aberta uma ferida


Minha vida não tem nenhum valor

Se arrancarem de mim o nosso amor

Eu prefiro perder a minha vida.


Renato Santos