quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

SAUDADE, AMOR, REMORSO, OU AMIZADE?

Se é pra falar de lembrança
Uso a palavra saudade
Ou melhor falo em remorso
Que é o que me invade
Por querer ter o amor
De quem só quer amizade.
*
Renato Santos

Eu e o Passarinho na capital

Eu acordei de repente
Ao cantar de um passarinho
Levantei muito contente
Por não acordar sozinho
Na capital acordando
O passarinho cantando
Mostrando sua realeza,
Foi semelhança demais...
Eu com saudade dos pais
E ele da natureza.
*
Renato Santos

ACORDANDO

De manhã o sonho acaba
Para dar espaço ao dia
É quando o corpo da gente
Esquece que antes dormia
E agora sonha acordado
No sono da hipocrisia.
*
Renato Santos

CONVICTO

Vivendo a realidade
O presente analizando
Vou reavendo o passado
E os erros vou recordando
Para o futuro ser belo
E eu não viver me enganando.
*
Renato Santos

VIVENDO SEM A SAUDADE

Sinto falta dos amigos,
Das meninas que amei,
Da escola onde estudei,
E até dos inimigos.
Sinto falta dos perigos,
Da minha terra querida,
Da família da guarida,
Da minha mãe minha amada.
Não ter saudade de nada
É não ter nada na vida.
*
Renato Santos

REMORSO

Eu sinto um nó na garganta
Toda vez que penso nela
Eu decidi agir tarde
Por isso que perdi ela
Mas não esqueço jamais
Sua face tão meiga e bela
*
Renato Santos

COMO EU...

Quem sente o que eu já senti
Entende como eu entendo
Ou passa o que já passei
Como eu, está sofrendo.
Vendo as páginas da vida
Com o tempo se corroendo.
*
RENATO SANTOS

INDIGNADO

 Eu muito me admiro
Com esse sistema opaco
Agarro a bola na luva
Na outra eu empunho o taco
E rebato para o espaço
O forte que humilha o fraco
*
Renato Santos

TOLERÂNCIA

Não tolero quem é falso
Ou pratica a falsidade
Pois é artificial
E nunca fala a verdade
É rei na arte do engano
E desconhece a humildade
*
Renato Santos

domingo, 26 de fevereiro de 2012

DOSE DE EMBRIAGUÊS

E na bebida busco aperitivo
Viver eu vivo, mas não vivo bem
Sem ter ninguém eu sou mais primitivo
Que um morto vivo, sou um zé ninguém

E vivo além pois vivo na cachaça

Se tudo passa, passa então ressaca
Que a noite opaca foi de muita graça
Bebendo a graça vou sair de maca

E como herança fica o corpo mole
Dor de cabeça, mas de gole em gole
Vou saciando o vazio obscuro

E fico bêbado meio embriagado
Vendo o presente se tornar passado
E meu passado vai ficando escuro.
*
Renato Santos

Abandono: Um sonho da realidade

 Título dado por Gilmara Mirly, minha deusa irmã.

Abandonado fico tão tristonho
É tão medonho não poder falar...
Sem teu calor eu vou curtir um sonho
E não me oponho a quem não quer me amar

E tão perdido eu busco me encontrar

Mas sem achar um consolo, sozinho
Bem de mansinho sonho e ao sonhar
Vou acordar mais triste e sem carinho

Queria muito ser um grande SER
Sem ser o SER procuro me conter
Pra não viver ao léu, vida incompleta

Dou polimento em meu peito de aço
Mas na verdade eu sou mais um palhaço
Vivendo o carma de ser um poeta.
*
Renato Santos

SINA

Abrir os olhos é pedir em vão
Uma paixão que sempre perpetua
Se a carne é nua e tem um coração
Eu ando em vão buscando-a em qualquer rua

Eu só não quero chorar mais, amor

Um por favor não é suficiente?
Você contente mostra o seu valor
Que com ardor é sempre indiferente.

O meu defeito foi te amar, e amando
A cada dia vou me apaixonando
Sorrindo sempre, querendo chorar...

A culpa é minha por viver assim
Vivo por ti e esqueço de mim
É triste o fim de quem pensa em amar.
*
Renato Santos

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Arrependido

Me perdoa meu bem por ter errado
Mas errei sem querer isso eu te digo
Não queria apenas ser amigo
Mas o amigo que está sempre ao teu lado
Toda frase de antes foi passado
E o passado pra trás deve ficar
Me perdoa por tanto te amar
É que quando te vejo fico louco
Nesse estado eu acabo pouco a pouco
Sem querer de você me afastar.
*
Renato Santos

Esqueci de esquecer quem me esqueceu Por que sei que quem ama nunca esquece

Ignore as palavras que falei
 E embarque no barco dos amores
Eu me entrego remoto de louvores
Esculpido por mim que o criei
Se quiser me afogar por que errei
Me afogues mas faço uma só prece
Esse amor em meu peito sobe e desce
E por mais que ele desça não morreu
Esqueci de esquecer quem me esqueceu
Por que sei que ama nunca esquece
*
Renato Santos

O poder que um beijo tem

Eu queria pedir o teu perdão
E dizer que de muito me arrependo
Por falar eu falei e estou sofrendo
Pois talvez machuquei teu coração
Pra esquecer essa minha ingratidão
Eu me afogo sem ter mais alegria
Mas quem sabe talvez com poesia
Eu consiga o perdão com muita classe
Se teu beijo matasse quem beijasse
Eu beijava sabendo que morria
*
Renato Santos

Promessa


Encontramos perdidos no salão
Duas mentes de amor sem um destino
Você na flor da idade, eu um menino
Mesmo assim nós cedemos à paixão

E na dança eterna da união
Me senti aos teus braços peregrino
Pareceu em meu peito ter um hino
Que cantava acordando o coração

Bem mais tarde depois nós nos beijamos
Mil abraços, carícias nós trocamos
Logo após ocorreu o que eu temia

Em um último beijo a despedida
Mas prometo que enquanto eu tiver vida
Voltarei a te ver, amor, um dia.
*
Renato Santos

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Eu beijei tua boca sem saber/Que teu beijo tem gosto de saudade

Mote: Renato Santos
Glosa: Renato Santos
 
 
A distância dos corpos pune a alma
Faz ferida na mente e coração
Rasga o peito e sepulta o coração
E se acaba o amor começa o trauma
Pra ganhar teu afeto tive calma
Pois deixei com você minha metade
Me cansei de ganhar só amizade
E roubei-te um beijo sem querer
Eu beijei tua boca sem saber
Que teu beijo tem gosto de saudade

Se saudade é dor que mata a gente
Acredito saber de um bom remédio
Cura a dor da distância cura o tédio
Mas faz algo que fica em nossa mente
O teu beijo minha boca ainda sente
E me fez alcançar a liberdade
Tua boca tem virtualidade
Ao beijar-te pensei em te morder
Eu beijei tua boca sem saber
Que teu beijo tem gosto de saudade

Quando os lábios da gente mal se unem
E o calor de dois corpos se agitam
Duas línguas sedentas precipitam
A união de dois seres que se fundem
Quando longes as mentes se confundem
E o sobejo que resta é só vontade
Todos querem beijar pra eternidade
Mas um beijo faz algo acontecer
Eu beijei tua boca sem saber
Que teu beijo tem gosto de saudade

Renato Santos         

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Se saudade matasse?

Eu parti do sertão que fui criado
Para assim procurar o meu destino
Por passar da minha fase de menino
Como adulto recordo o meu passado
Mas percebo no peito ainda guardado
O pior sentimento que eu sentia
E retrato este fato em poesia
Revelando pra o mundo o que eu já disse:
Se saudade matasse quem sentisse
Eu teria morrido e nem sabia.
*
Renato Santos

VICIADO





Ja distante do solo que nasci
Entreguei-me à lembrança do passado
Sem querer uma droga eu conheci
E por ela eu tornei-me um viciado.
Vou sentindo a maior abstinência
Me dopando e esquecendo a consciência
Pela droga pior da realidade
Pouco a pouco drogado eu vou ficando
De momento em momento recordando
Que eu consumo da droga da saudade.
*
Renato Santos

PARTIDA

                      Depois de viajar para João Pessoa-PB, dentro do ônibus que eu estava, a primeira pontada de saudade foi sentida, logo, veio a inspiração para se fazer alguma poesia. Não portando papel, caneta nem disposotivo móvel (celular, not book, tablet, etc.), meu dispositivo foi a mente, que, logo começou a trabalhar arduamente mas com a maior facilidade do mundo. E assim, juntamente da inspiração do momento, comecei a construir esse decassílabo que entitulei de "PARTIDA". Foi quando arquivei nas prateleiras do cérebro esse arquivo de vital importância. Eis o resultado:


Estarei de partida terra amada
Mas prometo que um dia irei voltar
E um pedaço de ti irei levar
Para sempre lembrar minha morada
E o caminho que faço nessa estrada
Escolhi como livre liberdade
Te prometo voltar minha cidade
Se o destino fizer eu me perder?
Sem pizar em teu solo irei morrer!
Se eu morrer, São José, foi de saudade. 
*
Renato Santos

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

E no futuro, direi-te assim: Amor, nem começamos, mas já tinha acabado.

No casebre de amor que edificamos
Construímos os sonhos mais reais
Levantamos paredes fraternais
E num teto de paz nos abrigamos

Sob juras mortais nós nos amamos
Entregamos a vida aos ideais
Ao beber da paixão pedimos mais
E bebendo demais se embriagamos

Pouco a pouco o licor foi acabando
Nossas juras de amor foram findando
E eu não sei explicar aonde errei.

Mas um dia o futuro irá chegar
E ao te ver novamente irei falar:
“Em pensar que um dia eu já te amei”.

Renato Santos

Se eu tiver de chorar choro escondido Pra ninguém perceber meu sofrimento.

Se eu tiver uma crise de saudade
Ou passar um momento de emoção
Num olhar recordar uma paixão
Num sussurro escutar uma vontade
Se eu deixar esse amor que me invade
Me tomar por completo algum momento
Vou tentar esconder meu sentimento
Pois o mesmo não foi correspondido
Se eu tiver de chorar choro escondido
Pra ninguém perceber meu sofrimento.
 *
Renato Santos

A dor de uma saudade

Aproveite os momentos sem rancor
Mostre paz se tiver um inimigo
Dê a mão e abrace um grande amigo
Faça a vida valer maior valor
Com paixão mostre fé e dê amor
Abra os olhos e veja a realidade
Pois o tempo ao passar leva metade
E o futuro se torna diferente
Tenha amor, queira bem e fique ausente
Pra saber quanto dói uma saudade

*
Acredito no amor do meu passado
Onde nunca plantei semente errada
Toda planta plantada foi regada
Todo amor que senti foi validado
A receita que fiz desse legado
Foi viver como quis e com vontade
Quem duvida de mim dessa verdade
Dou três dicas de graça e de presente:
Tenha amor, queira bem e fique ausente
Pra saber quanto dói uma saudade
*
Renato Santos

Consolo


Procurei encontrar numa lembrança
O consolo pra dor que soma a conta
Procurei encontrar de ponta a ponta
Um sorriso qualquer de uma criança

Afogado e perdido de esperança
Minha mente de tanto que me afronta
 De pensar, vasculhar já ficou tonta
Perfurando meu corpo nessa dança

Mas já bem lá no fim, eis de relance
Bem pertinho do último nuance
Eis que vejo o consolo que eu queria

Não é ela mulher amante ou mito
Eu busquei no mais longe infinito
O consolo que achei foi a poesia

Renato Santos

Saudade...

Se eu soubesse que a dor de uma distância
Tanto dói como afasta os pensamentos
Se eu pudesse lembrar todos momentos
Que vivi sem sentir tua fragrância
Eu por ter muito pouco da ganância
Nem ao menos te disse que queria
Te beijar, te abraçar, e a todo dia
Eu me digo que a ti eu nunca disse:
Se saudade matasse quem sentisse
Eu teria morrido e nem sabia
*
Renato Santos