sábado, 26 de maio de 2012

Que a vida continue

Que a paz que eu já tive em minha aurora
Não acabe porque perdi a calma
Que a saudade que eu sinto em minha alma
Por motivo nenhum eu jogue fora
Quero ser bem feliz, feliz agora
Ser feliz, posso ser. Assim eu creio!
Que metade de mim não seja um meio
Mas que um todo resuma o meu empenho
Que a força do medo que eu tenho
Não me impeça de ver o que anseio

*
R.S.

Saudade de Mainha

Saudade das tapiocas
Das que mainha fazia
Das tapas nas muriçocas
Enquanto a gente assistia
Saudades de seu feijão
Do seu arroz, seu pirão
Que o gosto ao lembrar me invade
Oh! Minha terra, meu povo
Mês que vem irei de novo
Matar a minha saudade

*
R.S.

Nas curvas da vida

Entrei com velocidade
Na estrada do amor
Sem temer qualquer fator
Pus o sinto da saudade
E contra a tua vontade
Fui de encontro a paixão
E pra o vírus da ilusão
Eu não achei anticorpo
Pois nas curvas do teu corpo
Capotei meu coração.

*
R.S.

Uma ilusão e uma saudade

Ao sair de minha terra natal para estudar na capital, bateu a lembrança dos momentos bons com a família e os amigos. Ao notar um simples canto de um passarinho, uma brisa são motivos suficientes para glosar um verso, e assim eu fiz:


Um passarinho cantando
Um vento bom a soprar
Acabam de me lembrar
Que eu parti comemorando
Mas hoje sinto chegando
Pra me tirar a razão
A presença da ilusão
Que quando não mata invade
Ou deixa aberta a saudade
Nas portas do coração

*
R.S.

Lembranças

Eu não sei explicar se é errado
Em fazer mais um verso mesmo a esmo
Traduzindo a memória que eu mesmo
Arquivei nos enlaces do passado
O meu peito reclama machucado
Por feridas que o tempo não curou
E a lembrança ao voltar só me provou
Que amando te amei mas sempre errei
Que ao beber dos teus beijos só herdei
As lembranças de um peito que te amou

*
R.S.

O preço

Fiz a compra que eu não necessitava
Pra sanar o amor que tu deixaste
Que ao sair de minha vida tu levaste
O almoço que mais me alimentava
Cofiar em você eu confiava
Mas você ao partir deixou de herança
Só um peito clamando por fiança
Pra pagar este mal que me invade
Eu queria vender uma saudade
Pelo preço que pago na lembrança

R.S.

Chaves no coração

Depois de sofrer calado
Por quem não quis me amar
Cansei de me dedicar
E ficar apaixonado
Hoje tenho outro legado
Caso haja uma paixão
Direi com toda razão:
Amando eu só me ferrei
E a sete chaves tranquei
O meu pobre coração.

Quem quiser amar alguém
Pode procurar que encontra
Mas eu já perdi a conta
E não quero mais ninguém
Que um amor só faz o bem
Para quem tem ilusão
Pois pra sofrer de paixão
Uma medida eu tomei:
A sete chaves tranquei
O meu pobre coração
*
Mote: Mirely Gomes
Glosa: Renato Santos

Meu nome

Quero ser um grande artista
Pelos tribunais da vida
Eu quero ser a jazida
Do respeito e da conquista
Botem meu nome na lista
Por que serei o contrato
Advogado de fato
Pois justiça é o meu pronome
Não quero DOUTOR no nome
Me chamem só de Renato

R.S.

Um livro pela capa

Você diz que não liga pra beleza
Que o dinheiro não é tão importante
Mas não sai com um pobre um só instante
E até pode jurar que come papa.
Diz que lindo em beleza é todo mundo
Mas aposto meu bem que lá no fundo
Tu escolhe o caderno pela capa.

*
R.S.

Crime ao crepúsculo


Um fenômeno natural
Chega ao entardecer
O dia tem que morrer
Nessa esfera criminal
Pôr do sol na capital
Teatro de uma nação
Visto por uma multidão
Que vê mas não sente nada
E e tarde morre deitada
Nas sombras da solidão

Glosa: Renato Santos
Mote: Felizardo Moura

Saudade

Saudade é bicho danado
É fogo, fumaça e brasa
De toda árvore é folha
De todo pássaro é asa
E em todo peito poeta
A saudade encontra casa
*
R.S.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Homenagem aos trabalhadores

É tratado igualmente um animal
Explorado demais pelo que faz
Empregado é quem sofre muito mais
Sempre avança e não para no sinal
Seu salário é miséria é muito mal
E executa o serviço com louvor
Pagamento é a força do amor
Seu dinheiro não gasta com besteira
Que o suor vira sangue na carteira
De quem tem um patrão explorador.


Renato Santos