domingo, 17 de junho de 2012

Só um ano

Campeões pernambucanos de xadrez 




Só um ano, e tanta gente alegre
Só um ano e eu também com alegria
Só um ano, que glória, que escola
Só um ano meu Deus, mas quem diria

Eu distante de ti fico a pensar
É melhor ou pior para meu ego?
No xadrez já fui águia, hoje sou cego
O que posso fazer pra melhorar?

Bem melhor que melhora é ver de novo
O sorriso no rosto desse povo
Por que são campeões mais uma vez

Mesmo longe e distante desta gente
O que posso ofertar-lhes de presente
É mais uma poesia de xadrez.
*
R.S.

sábado, 16 de junho de 2012

Xeque Mate

E aí?




Xeque mate meu Deus, será o fim?
Ou será que existe salvação
As florestas morrendo, coisa ruim
Não existe um remédio pra questão?

Nesse jogo quem perde é o ser humano
Mesmo tendo ganhado a vil batalha
Onde aquele: em Terno desumano
E onde esta: vestindo uma mortalha.

Quando a máquina de guerra sobe a serra
Vê-se as árvores caindo sobre a terra
Derrubando a rainha sem temor

Construir derrubando é o seu lema
Vai deixando em xeque o eco-sistema 
Nesta guerra quem ganha é o perdedor
*
R.S.

Será mesmo alegria?

Se o sorriso mostrasse o que eu sinto
Ao me ver muita gente entenderia
Que o sorriso que esbanjo nesta face
Nunca foi um sorriso de alegria
Se mostrasse o que sinto num sorriso
Ao me me ver muita gente choraria.

*
R.S.

Palavras

Eu de besta cai feito um patinho
Você sempre me disse que amava
Com palavras você me encantava
E aos poucos ganhou-me de mansinho

Sem me dar uma prova de carinho
Pouco a pouco você se descuidava
Quando Enfim eu pensei que te domava
Em meu peito cravaste o teu espinho

Com calúnias, ofensas palavrões
Você foi me tirando as emoções
E agora pra mim sois ilusão

Afiada igualmente as tuas falhas
As palavras faladas são navalhas
Que machucam meu pobre coração
*
R.S.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Prisão

Eu querendo dizer que ainda te amo
Me contenho nas grades da ilusão
E meu peito se agrava quando chamo
Por que tudo o que escuto é só um não
Sem se quer receber um habeas corpus
No presídio que vivo da paixão
*
R.S.

Mote: Hoje choras, pois sabes que ninguém Vai te dar um amor igual ao meu *

Estou certo que estive sempre errado
Eu nem sei porque foi que te amei
Estou certo contigo eu sempre errei
Não te quero meu bem mais do meu lado
Nosso amor tão presente é passado
E o que é vivo pra ti, pra mim morreu
Meu amor que eu te dei não é mais teu
E mesmo que tu encontres outro alguém
Vais chorar por que sabes que ninguém
Vai te dar um amor igual ao meu


Eu te dei meu amor por te adorar
E entreguei o meu peito por inteiro
E do amor que eu plantei no seu canteiro
Esperava nascer um bom pomar
Já você nem pensou em me amar
Pois do nosso canteiro se esqueceu
Eu cansei dos desprezos que me deu
Te deixando encontrei um novo alguém
Hoje choras, pois sabes que ninguém
Vai te dar um amor igual ao meu

*
R.S.

O poder das palavras

Quando o amor sem querer entra em conflito
Qualquer coisa a ser dita é contra a calma
E o silêncio maior que tem na alma
É o deboche do mais temoso grito
Se um peito com outro entra em conflito
É o mesmo que brasa em plena chama
Dorme um no sofá outro na cama
E a raiva na gente se edifica
Quando fora do sério a gente fica
Por descuido qualquer palavra inflama
*
R.S.

O Jardim do peito


Eu pensando em trazer você pra mim
Comecei uma grande construção
Deixei plano o terreno coração
Para assim construir nosso jardim
Mas você foi quimera do meu fim
Pois com outro me fez uma maldade
Cometendo brutal calamidade
Você foi o espinho de uma flor

Eu plantei no meu peito um grande amor
Sem saber que seu fruto era a saudade
*
Já cansado demais de sofrer tanto
Procurando um remédio para o peito
Lá no bar da saudade achei proveito
Na cachaça -licor para meu pranto-
Eu que antes cantava, hoje não canto
Por lembrar de um amor que ainda me invade
E meu peito ao bater bate metade
Por que a outra metade é pura dor
Eu plantei no meu peito um grande amor
Sem saber que o seu fruto era a saudade

*
R.S.

O Líquido do amor

Encontrando soluços por amar
Vou tomando uma dose de saudade
Pois meu peito ao pulsar pulsa metade
Porque a outra metade quer parar
Te procuro meu bem de bar em bar
A beber todo tipo de licor
Que por não encontrar o teu calor
Minha alma com a morte se mistura
E vou bebendo no cálice da amargura
A cachaça envolvente do amor
*
R.S.

Droga

Eu já sinto total abstinência
De uma droga que a muito eu consumi
Mas a muito também já me perdi
Nessa droga que causa dependência
Não existe remédio que a ciência
Medicine prevendo o seu fator
Mesmo sem ter provado o seu sabor
Para o mundo até posso comprovar
Essa droga é capaz de viciar
Estou falando da droga do amor
*
R.S.