domingo, 21 de outubro de 2012

Mote: Se o silêncio pudesse me contar O que passa em meu pobre coração


As palavras não falam mais por mim
Os olhares não tem mais tanto brilho
Meu sorriso acabou-se como um filho
Se acaba e nas drogas tem seu fim
Sinto o cheiro do amor, mas acho ruim
Pois o cheiro vem junto da paixão
E a saudade me leva à ilusão
Que me trouxe a dor por te amar
Se o silêncio pudesse me contar
O que passa em meu pobre coração.
*
Renato Santos

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Mote: Nosso amor foi um filme colorido Que queimou na primeira exibição.

Eu pra ter seu amor fiz um romance
Onde eu fui teu ator, tu minha atriz
E no enlace da trama tão feliz
Contemplamos nós dois cada nuance
Vi morrer o meu peito num só lance

Quando enfim eu pedi a tua mão
E você me negou sua paixão
Me deixando de coração partido
Nosso amor foi um filme colorido
Que queimou na primeira exibição.
*
Renato Santos

"Pro caba aguentar um bebo Tem que estar bebo também"

Chega cheio de emoção
Chamando de "meu amigo"
Nunca corre algum perigo
E é o dono da razão
"Você é como um irmão"

-Diz isso como ninguém.
Não sou perfeito também
Mas digo quando percebo:
"Pro caba aguentar um bebo
Tem que estar bebo também"
*
Renato Santos

Tripartição de amarguras

Um poeta disse:

Sofrendo de um mal sozinho
Necessito de um remédio
Minha vida é puro tédio

Necessito de carinho
Meu peito é pequenininho
Mas dá para alguém morar
Sofro de um mal secular
Sem saber o que fazer
Alguém pode me dizer
O que é bom para amar?

Outro respondeu:

Perceba meu caro amigo
Seu mal com o meu se parece
Meu peito também padece
E agora corre perigo
Talvez seja algum castigo
Que o céu mandou para mim
Sofrer de amor é ruim
Mas amor não faz sofrer
Alguém sabe responder
Um consolo para o fim?

Quando um outro poeta disse:

É triste sentir saudade
Quando o peito se apaixona
Não existe Dipirona
Que cure o peito, (ou metade)
É triste sentir vontade
Quando se tem um defeito
Nem é tão bom, nem perfeito
Mas o mal que lhe invade
É um trupicão de saudade
Batendo dentro do peito.
*
Renato Santos

Ambiguidade

O mundo é um livro de porte
Que é ambíguo em toda parte
Pois há beleza na morte
E até feiura na arte
A flor, (símbolo da paixão)

Também enfeita o caixão
E a vida sobe e decai
Humano um ser indefeso
O homem mata e vai preso
E a morte mata e não vai



*

Tão triste a vida da gente
Que se acaba como a flor
Como o perfume do amor
Que pulsa em um peito quente
A morte tão diferente
Leva filho e leva pai
Deixa uma dor que não sai
Mesmo o peito estando ileso
O homem mata e vai preso
E a morte mata e não vai


Renato Santos

Mote: Você pode pedir pra eu me afastar Só não pode obrigar-me a te esquecer.

Peça tudo que esteja ao meu alcance
Peça a lua, as estrelas o espaço,
Ou somente o calor do meu abraço
Que eu posso te dar um bom romance
Se quiser acabar o nosso lance

Meu amor não esqueça de viver
E se lembre de não se esquecer
Nosso amor pode até se acabar
E você pode pedir pra eu me afastar
Só não pode obrigar-me a te esquecer.
*
Renato Santos

Mote: Mas meu bem se você não me amava Pra que fez eu te amar pra te esquecer?

Você foi o meu brilho do luar
O meu sol que raiva todo dia
Seu sorriso era a minha alegria
E a flor mais bonita do pomar
Mas ficou tão salgada quanto o mar

Sua flor começou emurchecer
Vi meu sol em teu brilho escurecer
No momento em que o amor se acabava
Mas meu bem se você não me amava
Pra que fez eu te amar pra te esquecer?
*
Renato Santos

Saudade é tudo que fica Daquilo que não ficou

Amor é um desmantelo
Que revira o nosso peito
Não é mau mas não tem jeito
Feito bola de novelo
Como fazer um apelo

Pra voltar o que passou
Que o tempo ao passar levou
E a distância edifica
Saudade é tudo que fica
Daquilo que não ficou
*
Mote do Poeta Sebastião Siqueira (O BEIJO), poeta e historiador que nos deixou no dia 13.10.2012.
Glosa Renato Santos

É NOS EMBALOS DA VIDA QUE O CORAÇÃO SE ARREBENTA

É nos caminhos errados
Que os corações se apaixonam
Nos olhos que se emocionam
Também existem pecados
Nos beijos que são roubados
Por uma boca sedenta
É perdedor quem não tenta
Dar amor pra ter guarida
É NOS EMBALOS DA VIDA
QUE O CORAÇÃO SE ARREBENTA
*

Renato Santos

Cara a cara com o mar



Tão distante da cidade
Que vivi e fui criado 
Eu vejo um mar revoltado

Com a sua eternidade.
Sinto na pele a saudade
O vento parece um grito
O cenario é tão bonito
Que tem o seu lado bruto
Igualmente este matuto,
De São José do Egito!

POETA
 Renato Santos

Entre teu peito

Estes teus olhos pequenos
Encandeiam minha mente
Eu sinto ser diferente
Entre teus braços serenos
Teus beijos possui venenos

Que enfeitiçam minh´alma
Teu olhar é minha calma
E o teu beijo me aquece
Teu sorriso me enlouquece
E tua voz me acalma
*

Renato Santos

Sou do Pajeú das flores/Tenho razão de cantar!

Sou da terra de Marinho,
Poeta tão genial
Eu sou do berço imortal
Onde a poesia é pinho
Sou o pássaro do ninho

Que canta igual o rimar
Eu digo e posso afirmar
Entre tantos precursores:
Sou do Pajeú das flores
Tenho razão de cantar!

Eu venho da região
Que poesia é pura meta
Quem não é doido é poeta
E não falta a inspiração
Eu sou do lugar que o chão
Brota poesia em pomar
Qualquer verso que plantar
Já nasce com mil louvores
Sou do Pajeú das flores
Tenho razão de cantar!

Não sou eu nenhum profeta
Mas digo com ousadia
Que ainda vai chegar o dia
Que todo mundo é poeta
Pra completar minha meta
Termino por convidar
Qualquer pessoa que amar
Ou no peito sentir dores
Vá ao Pajeú das flores
Pra ter razão de cantar!

*
Renato Santos