sábado, 19 de outubro de 2013

Um beijo

Teus olhos são dois rubis
Lapidados de encantos
E os teus sorrisos tão santos
Qual beijos de colibris
São beijos que eu tanto quis
Algum dia ter provado
Teu olhar apaixonado
Desenhei em meu caderno
E aceito até o inferno
Se te beijar for pecado

Renato Santos

Retratos

Numa tela de sonhos desenhei
O retrato de nossa relação
E o teu cheiro que está em meu colchão
Foi a única lembrança que fiquei
Tua face de sonho eu preservei
No jardim dos amores que vivemos
Testemunha dos beijos que troquemos
Teu cabelo enrolado em caracol
E teu cheiro gravado em meu lençol
são retratos do amor que nós tivemos.

Renato Santos

Perfeição

Tem no corpo excesso de beleza

No olhar tem magia e sedução
Tem nos lábios sabor de tentação
No sorriso encanto e sutileza
Obra prima da própria natureza
Tem o néctar do amor e da ternura
Rebolado em desenho de loucura
Pele clara, olho azul, lábios pintados
Seios fartos qual fossem desenhados
Aos meus olhos, garota, és a mais pura.

Renato Santos

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Desejo

Outra vez eu fiz companhia a alguém que venero e fui apenas espectador dela. Ao final da noite, inspirado eu disse:

Andamos juntinhos o percurso inteiro
Eu fui só ouvidos para teus lamentos
De amores e dores de mil sentimentos
Meu peito refém, foi teu prisioneiro
Teus olhos em pranto um tiro certeiro
Atingiu meu peito quase pra matar
Sem poder de nada só pude te olhar
Na pura certeza de olhar teu sofrer
Querer te beijar e olhar sem poder
Ao ver tuas lágrimas com gosto do mar

Renato Santos

sábado, 12 de outubro de 2013

Pedido de um menino pobre

Papai do céu peço a ti
Um brinquedo diferente
De todos que recebi
E com todos fiquei contente
Talvez seja covardia
Mas neste ano eu queria
Um brinquedo menos ruim
Desculpe ser tão elástico
Mas um carrinho de plástico
É o que peço pra mim

Papai não tá trabalhando
Dê-lhe um emprego decente
Mamãe não tá cozinhando
Não tem comida pra gente
Esqueça até meu carrinho
Mas faça devagarzinho
Cada um ser mais feliz
E desculpe este teu filho
Que perdeu todo o seu brilho
E pouco sabe o que diz

Minha casa é de madeira
De plástico e papelão
Bem no topo da ladeira
Do morro que desce ao chão
Ao chover choro bastante
A casa treme constante
E o morro sempre ameaça
Um mundo tão desigual
Só existo no Natal
Depois que outubro passa

Por ser assim desse jeito
Minha vida é complicada
Vereadores, prefeito
Prometem sem fazer nada
E papai homem de bem
Acreditando que tem
Valor pros homens de terno
Mas toda vez se engana
Come uma vez por semana
Vivendo um próprio inferno

Portanto Deus nos ajude
Sair dessa hemorragia
Faça que o destino mude
Torne fato a fantasia
Ajude-nos no limite
Puna a gente que permite
Que morra a nossa esperança
Se o senhor existir
É o que posso lhe pedir
Nesse dia da criança.

Renato Santos

domingo, 6 de outubro de 2013

Porque a gente só gosta De quem não gosta da gente?

Ainda busco entender
Alguns mistérios da vida
Pois carrego uma ferida
Eterna em meu viver
Amar quem não posso ter
É sofrer constantemente
Pois todo peito carente
Merece alguma resposta
Porque a gente só gosta
De quem não gosta da gente?

Renato Santos

Meu peito bate na trave No futebol do amor

Passo a bola da paixão
Buscando sempre a verdade
Levo cartão na saudade
Que marca meu coração
Só dou chutes de ilusão
Com falta de teu calor
Meu time não tem valor
Teu drible não é suave
Meu peito bate na trave
No futebol do amor

Renato Santos

Motivos de cantar

O seu nome eu gravei em pleno peito
Pra que um dia eu não possa esquecê-la
Seu sorriso brilhante é feito estrela
Sua face um retrato mais perfeito
Eu só peço pra Deus que eu ache um jeito
De encontrar o amor que busco tanto
Pra que a dama da noite enxugue o pranto
De quem tanto chorou na busca sua
Bem juntinho com ela olhar a lua
E mostrar-lhe os motivos por quem canto canto

R.S.

"Toda tristeza me basta Quando a alegria é pouca"

Todo sorriso é sereno
Todo olhar é fingimento
Meu amor é sentimento
Teu desejo o mais pequeno
Teu amor o mais ameno
Tua riqueza é a roupa
Tua voz se torna rouca
Teu corpo de mim se afasta
"Toda tristeza me basta
Quando a alegria é pouca"

R.S.
Quando a noite se pinta no horizonte
E o sol no poente se despede
A saudade no peito não se mede
E a distância em meu peito faz-se um monte
Entre o nós se formou uma grande ponte
Ficou "tu", "eu" fiquei, e foi assim
Entre "nós" ficou tempo e amor sem fim
Mas meu peito é só teu minha bela bela flor
Vou mandar pelo vento o meu amor
Pra que tu não esqueças mais de mim

R.S.

"Sua voz é remédio pra saudade Seu sorriso injeção pra minha dor"

A distância afetou meu coração
A saudade causou enfermidade
Já distante de ti sinto vontade
De beijar tua boca de ilusão
E de tanto querer tua paixão
Ou sentir novamente o teu sabor
E de tanto querer o teu amor
O teu rosto em miragem me invade
"Sua voz é remédio pra saudade
Seu sorriso injeção pra minha dor"

Mote de Antonino Martins
Glosa:
Renato Santos

Encontro com o coração

Nos jardins de meu peito o amor morreu
E eu tentei replantar outra semente
Do amor que você deixou-me ausente
Ao partir dos jardins do peito meu
Uma flor de saudade floresceu
Com perfume de dor e solidão
E de tanto buscar outra paixão
E sofrer nessa imensa ansiedade
Procurando um remédio pra saudade
Sem querer encontrei teu coração

R.S.

Solidão no apartamento II

A solidão me devora
Nas trevas do apartamento
Olho pro relógio atento
Já passou de doze hora
Meu peito sozinho chora
A minha amarga ilusão
Sonho ter uma paixão
Mas para ser mais que franco
Eu só vejo um sonho em branco
Dentro de meu coração

Renato Santos

Solidão no apartamento

Eu sinto a desilusão
Afetando a minha noite
A saudade faz açoite
Dentro do meu coração
Procuro qualquer razão
Que me dê algum sentido
Me encontro desiludido
Que a saudade não me cabe
O apartamento é quem sabe
Tudo o que tenho vivido

Renato Santos
É muito triste o sentido
De uma grande ilusão
Entregar o coração
Ver o mesmo ser traído
Acabo sempre iludido
Em buscar de uma bela flor
Seu perfume encantador
Seu jeito que me domina
Seu sorriso me fascina
E meu peito morre de amor


Renato Santos

!Saudade só é saudade Depois que maltrata a gente!

A distância me afeta
O apartamento me mata
A saudade me maltrata
E a tristeza me completa
Pois o meu peito poeta
Sente falta do repente
Saudade do solo quente
De minha linda cidade
Saudade só é saudade
Depois que maltrata a gente

Renato Santos

Brincando de amar

Eu não fingi te adorar
Para ganhar teu calor
Mas você fingiu amor
Sem intenção de me amar
Fingindo de mim gostar
Eu me doei por inteiro
Quis ser o teu companheiro
Mas você só me usou
Brincando com quem te amou
A dor é teu paradeiro

R.S.

Nosso amor no mar

Teu cheiro em meu corpo, sinto o teu calor
Olhares sedentos loucos por prazer
Teu corpo cheiroso deseja me ter
Eu quero teus beijos pois sou beija-flor
Beijar tua boca, te dar meu amor
Sentir tua pele meu corpo tocar
Meu beijo em teus lábios nosso amor no ar
Perfuma o recinto qual flor margarida
Imensa, cheirosa, com brilho e com vida
E a pura beleza das cores do mar

Renato Santos

Teu beijo

Toda vez que eu bebo eu penso nela
Que a saudade não deixa eu esquecê-la
O seu brilho aos meus olhos feito estrela
Para mim nesse mundo é a mais bela
Mas se fico distante sem ver ela
Minha vida escurece e perde a cor
Os seus beijos na mente tem sabor
De lembrança guardada nua e crua
O olhar prateado igual a lua
Só me faz desejar o seu amor

Renato Santos

"Toda mesa de bar que tem poeta Tem um cheiro de cana e poesia"

Os amigos me chamam numa praça
Eu aceito o convite e vou enfrente
Tomo um gole pequeno de aguardente
Para ver se a dor do peito passa
Mas amor não combina com cachaça
E eu bebo cachaça todo dia
Muitas vezes encontro alegria
Com amigos no bar que me completa
Toda mesa de bar que tem poeta
Tem um cheiro de cana e poesia

Renato Santos

"Não quero passar o dia Sem ouvir a tua voz"

Eu não tenho nem noção
Da distância de nós dois
Mas quero ao menos depois
Ouvir o teu coração
Te contar minha paixão

Os meus planos para nós
Minha saudade é feroz
Escute minha poesia
Não quero passar o dia
Sem ouvir a tua voz

Renato Santos

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Tire a máscara do rosto e se apresente

Questionado por uma Funkeira que difundia aos quatro ventos sobre meu gosto de forró pé de serra respeitei sua ignorância às artes culturais com o seguinte soneto:

Desça deste sapato das alturas
Baixe mais seu nariz de pabulagem
Pois com roupas tão curtas tua bagagem
Ganha espaços demais pelas censuras

Teus retoques nos seios: ataduras
Não te faz possuir melhor imagem
Se possível remova a maquiagem
E quem sabe falamos de culturas

O teu FUNK retrata a hipocrisia
Meu forró pé de serra é poesia
Realmente, de ti sou diferente

O meu nome é Renato e sou assim
Se quiseres meu bem falar de mim
Tire a máscara do rosto e se apresente

Renato Santos

Mote: Veio a onda e apagou o meu desenho/Sem poder te apagar do coração

Hoje a noite na praia eu desenhei
Teu sorriso na areia do destino
Por te amar loucamente igual menino
Foi só teu o amor que imaginei
Você foi meu amor e eu fui teu rei
Fomos uno na arte da paixão
Meu amor por você foi ilusão
E a inércia parou meu desempenho
Veio a onda e apagou o meu desenho
Sem poder te apagar do coração

Renato Santos

Mote: Minha mente insiste em te esquecer/ Mas meu peito insiste em te amar

O meu corpo sem ti é tão tristonho
Feito a rosa sem ter o beija-flor
Os meus dias sem ter o teu amor
São tormentos, inertes e enfadonho
Só você constitui meu grande sonho
Sou capaz de teu cheiro imaginar
Minha boca procura o teu beijar
Só teu corpo é capaz de me aquecer
Minha mente insiste em te esquecer
Mas meu peito insiste em te amar

Renato Santos

À uma amiga

Você finge curtir meu comentário
Me enrola nas festas da cidade
É capaz de fingir uma saudade
Mas não pode enganar o imaginário
Você pode pensar que sou otário
Mas teu corpo já foi de muita gente
Hoje ao ver que sei disso sigo em frente
Sinto nojo de mim por ter te amado
Me arrependo demais de meu passado
Mas você é pretérito e eu sou presente.

Renato Santos

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Traços de beleza

Eu odeio implorar sua atenção
Mas não posso viver sem teu sorriso
Sem sentir o teu cheiro de narciso
Penetrar as artérias da paixão
Teu olhar: meu farol na escuridão
Teu andar tem estilo e sutileza
Tua face é sinônimo de grandeza
Pois teu cheiro é o cheiro do amor
Deus te fez como a tela de um pintor
Com os traços mais belos da beleza

Renato Santos

Galope do fim

Não quero viver muitas alegrias
Se eu não tivesse no peito tal sorte
Ao ver o futuro chegando com a morte
No pleno conforto do fim dos meus dias
Eu recitaria sonetos, poesias
Pedindo uma rede, para me deitar
Lembrar do passado dormir e acordar
Com muita certeza da dúvida, enfim
Pois quero viver no dia do fim
Fechando os meus olhos com a vista do mar

Renato Santos

Essa é pra você morena nascida em 15 de Fevereiro

Sei que um dia ainda vou
Beijar tua boca pagã
Mesmo a tendo como irmã
Meu peito se apaixonou
Tua face me aprisionou
Teu sorriso me rendeu
O te olhar me prendeu
Teu cheiro me arrepia
Só peço a Deus pra que um dia
Teu corpo possa ser meu

Renato Santos

A resposta

Já não sei esconder as cicatrizes
Que ficaram no peito em carne crua
Perco noites de sono olhando a lua
Relembrando nós dois, sempre felizes
Tu em outro quintal formou raízes
Não entendo o porquê da decisão
Eu que sempre te dei tanta paixão
Mas feridas do peito o tempo cura
No futuro talvez, tu me procura
E eu responda, foi mal, mas hoje não!

Renato Santos

sábado, 14 de setembro de 2013

Na beira do mar

Na beira do mar, a onda que abraça
Na praia risonha espanto o tormento
O sal da areia parece fermento
Batendo na mente parece cachaça
Sombras de coqueiros, amigos na praça
Tanta coisa boa pra se aproveitar
Porém a distância Me deixa a lembrar
Que prédios, asfalto, e o mar não me mude
Prefiro um mergulho na beira do açude
Mas mato a saudade na beira do mar


Renato Santos

Éter na mente

Volte logo a correr meu velho peito
No cenário de amor que tanto andei
Onde estão tantas flores que plantei
Já morreram, ou não plantei direito
O que sentes, qual é o teu defeito
Porque não me respondes de verdade
Onde foi que ficou o amor que invade?
Porque não vejo mais outra paixão
Quem foi que sequestrou meu coração?
Ah, lembrei. Como não, foi a saudade

Renato Santos

Dúvidas

Porque não te encontro nas memórias
Onde estão nossas fotos, teu retrato
No anel de noivado só Renato
Foi gravado, e onde estão as nossas glórias?
Teus troféus não encontro, e tuas vitórias
Porque é que eu não sei por onde estão
Quem foi que sequestrou nossa união
Porque é que eu não posso te encontrar?
Só restou para mim o verbo amar
Num pretérito marcado de ilusão?

Renato Santos

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Teu eu tão meu



O teu rastro marcou meu sentimento
Os teus beijos nos lábios quase sinto
Teu perfume não sai de meu recinto
Teu olhar não me sai do pensamento
Ouço até o teu peito em passo lento
Me chamando pra perto e eu te desejo
Mas teu corpo arrepia, e então fraquejo.
Tua pele a tocar, perco o respeito
Dou até um milhão por um confeito
Pra saber o sabor que tem teu beijo

Renato Santos

Sou do berço imortal da poesia

Meu repente produz a flor mais pura
Tem o bote da cobra caninana
Da garapa extraída da caiana
O meu verso é o mel da rapadura
Sou veneno que mata e produz cura
Sou ardência de um gole de pitu
Sou o mel adoçado de uruçu
No improviso que faz minha poesia
São José do Egito é minha guia
Sou do berço imortal do Pajeu

Renato Santos

Serei poeta de sonhos

E pra quem fica acordado
Estarei partindo agora
O meu colchão está forrado
Deitar-me-ei muito embora
Quero sonhar com bonança
Enquanto a mente descansa
De pesadelos medonhos
Vou arquitetando a meta
Sonhando ser um poeta
Serei poeta nos sonhos


Renato Santos

"Se eu não lembrar do sertão"



Sou arquiteto de rimas
Engenheiro de saudades
Letrado em puras verdades
Doutorado em obras primas
Mestrado em muitas estimas
Formado em recordação
Sou médico para a paixão
Da classe o número um
“Não quero diploma algum
Se eu não lembrar do sertão"
Renato Santos

Quando vejo a clareza de teu NÃO Só percebo a distância de teu SIM



Aprendi a viver tão solitário
Recitando quimeras de lembrança
Vendo o tempo acabar minha esperança
E a vitória existir no imaginário
O amor se pintar num relicário
Um sorriso marcando o triste fim
Eu sou teu, porém, tua não sois de mim
E entre nós sou só eu e solidão
Quando vejo a clareza de teu NÃO
Só percebo a distância de teu SIM
 Renato Santos

SENTI TANTA SAUDADE QUE APRENDI CONVIVER COM A SAUDADE SEM SENTIR



Vou sentindo o meu peito lentamente
Se perdendo nos rumos do destino
Apanhando deixei de ser menino
Sem te ter eu apanho novamente
A saudade maltrata e tão carente
Ao lembrar eu me pego a me iludir
Teu retrato rasguei pra não cair
Teu amor não é meu, reconheci
SENTI TANTA SAUDADE QUE APRENDI
CONVIVER COM A SAUDADE SEM SENTIR

Renato Santos Mote de Dekiane Ribeiro