segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mote: Hoje passo sorrindo e não mais sinto // O que antes por ti tanto sentia


Foi tão triste o final do nosso amor
Que meu peito partiu, ficou só caco
E meu "EU" fraquejou ficou tão fraco
Sem carinho, e o pior, sem teu calor
Mas o tempo aflorou como uma flor
E o que sinto ao te ver por hoje em dia
É um misto de pena e demasia
Pois o amor que eu te tinha foi extinto
E hoje eu passo sorrindo e não mais sinto
O que antes por ti tanto sentia 

Mote da poetisa Maria Antônia
Glosa de minha autoria

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Jardins do coração

A vida busca o progresso
Nos jardins da existência
Tem por aroma a carência
Quando o amor não faz regresso

A saudade paga ingresso
Do peito já em falência
Que perdeu sua potência
E pra solidão fez egresso

Mas o amor sendo inconstante
Retorna a qualquer instante
Basta um peito acolhedor

Disposto a nova paixão
Nos jardins do coração
Brota outra rosa de amor

Renato Santos

Adoecer de amor

Só merece a resposta de um poeta
Quem enfrenta o universo à madrugada
Se apaixona sem mesmo provar nada
Vive em crises de amores de dieta
Ama tudo no mundo, é um profeta.
É um astro que brilha sem sessar 
É um ser que não sabe descansar
Caso haja no peito enfermidade
E adoeça pra sempre de saudade
Que o remédio na certa é só amar
*
Renato Santos

Amando em segredo alguém que encontrou um amor

Por que tinha meu Deus que ser assim?
Ou somente é um modo de testar
Até onde alguém pode aguentar
Sem poder explodir e ter um fim
Tão distante e tão perto ela de mim
E eu tão longe de ter seu coração
Sempre soube que era uma ilusão
Mas não quis do casulo me despir
Do que dentro restou, deixei sair
Um pedaço de um verso de paixão
*
Renato Santos

querendo quem não me quer

Teu olhar não me sai do pensamento
Teu sorriso enlouquece o meu peito
Já tentei te esquecer mas não tem jeito
E o que tenho de ti é só tormento
Sonho muito contido em sentimento
Afogado em um outro universo
Cai o pranto e o que fica é o inverso
Alegria se foi deixou saudade
E eu desconto isso tudo ou só metade
Nas estrofes que faço verso em verso
*
Renato Santos

Buscando a liberdade

A resposta foi dita de repente
E meus lábios tremeram no instante
Meu pulsar quase para, e fulminante
Afaguei os pesares mas quem sente
Grande dor pelo corpo e alma doente
Triste, trêmula e o olhar quase parado
Sinto a alma ferida e acorrentado
Vou viver quase morto, um morto vivo
A procura de achar novo motivo
Que liberte um poeta apaixonado
*
Renato Santos

Sentimentos escondidos

Seria a lei da atração somente
Querer aquilo que nos é oposto
Ser imutável, mas tão diferente
Que abastece e seca o próprio posto
Querer o oposto sempre é tão comum
E acontece assim com qualquer um
Querer ter algo nunca ofertado
E sofro assim mas sofrer me completa
Talvez apenas por ser um poeta
Que tem o amor dez vez multiplicado

Renato Santos

Amando calado

Que lei é essa que nos faz sofrer
Ao ver nos outros a felicidade?
Que lei é essa que deixa a vontade
Tão escondida sem poder viver?
Eu só queria poder lhe dizer
Que amo e sofro como nunca amei
Que te desejo e sempre desejei
Mas só que agora fico emudecido
E as palavras guardo. (Sem sentido)
Foi por guardá-las que eu mais errei
*
Renato Santos

Sonho destruído

Gostar de alguém de verdade
E não ter sua visão
É viver pela metade
Sofrer dois num coração
Amar demais sem retorno
Ter um peito frio e morno
Gelado e tão aquecido
E um sentimento tristonho
De ver agora seu sonho
Por outro ser destruído
*
Renato Santos

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ter o amor bem do lado Sem poder lhe dar amor

Eu lhe dei a estrela mais brilhante
Na conversa onde a gente debatia
As tristeza que o amor nos trouxe um dia
E a ilusão de um peito apaixonante
A conversa e a noite delirante
Enfeitaram o olhar de um sonhador
Tê-la perto e não ter o seu calor
Foi difícil demais me controlar
Ter seus lábios tão perto e não beijar
A amar sem poder lhe dar amor

Renato Santos

Desejo impossível

Ver no céu a ESTRELA que entreguei
A garota mais linda do universo
Só pra ela é que faço um lindo verso
E nem sequer sua boca eu já beijei
A paixão foi crescendo é o que sei
E o amor invadiu meu coração
Mas não posso ter ela e a ilusão
É querer que ela viva com alegria
E eu sofrendo me afogo em poesia
Sem poder receber sua paixão

Renato Santos

A demora do tchau é equivalente A saudade que fica em seu lugar

A instância maior de uma paixão
É no adeus engolir choro calado
Ter no peito um amor não declarado
E sofrer por não ter seu coração
Se calar mesmo quando tem razão
Só por causa que a ela deve amar
Um encontro, um abraço e um olhar
Basta isso e a dor visita a gente
A demora do tchau é equivalente
A saudade que fica em seu lugar

Renato Santos

Comecei ver o amor de outra maneira Quando tive os sintomas da saudade


Eu senti em meu peito uma rachadura
Quando vi tua imagem em minha mente
E a lembrança do amor que houve entre a gente
Reabriu uma antiga fechadura
Só teus beijos são chaves, tens a cura
Volte e traga pra mim felicidade
Sem você meu amor, sou só metade
E minh´alma sem ti é prisioneira
Comecei ver o amor de outra maneira
Quando tive os sintomas da saudade 

Renato Santos

Não há quem sinta a metade Da dor que um poeta sente.

Quem não sabe o que é ter dor
Guardada dentro do peito
Pergunte a um poeta um jeito
De descrever seu perdor
Pois quando o assunto é o amor
O poeta é diferente
Seu peito é grande e potente
Pra toda dor que lhe invade
Não há quem sinta a metade
Da dor que um poeta sente.


Renato Santos

É triste viver chorando Bem mais triste é não chorar

Cantar longe do seu ninho
É viver na solidão
Sem ter amor e paixão
Nem abraços, nem carinho.
Sentir-se sempre sozinho
Distante de seu pomar
Sem saber o que é amar
Ter uma parte faltando
É triste viver chorando
Bem mais triste é não chorar


Renato Santos

Canta o poeta na vida A vida de quem não canta


Preso na imensidade
Um passarinho cantando
Sempre termina voltando
Pras asas da liberdade
Mas quem vive de saudade
Não canta apenas espanta
As vezes até encanta
Mas tem sempre a alma partida
Canta o poeta na vida
A vida de quem não canta

Renato Santos

sábado, 6 de abril de 2013

Galopando o sertão


Saí do sertão para a capital
Em busca de sonhos e de ideais
Trabalho, amigos, e tudo de mais
Que me tornem forte nesse litoral
Mas nunca me esqueço de meu chão natal
Que é para mim como o infinito
Está para o mar imenso e bonito
Assim como a praia que encanta o turista
Meu porto, meu mar, minha praia e minha vista
De estrofes poéticas São José do Egito

Renato Santos

Cenários


Um amor escondido ao coração
Um romance perdido na memória
Uma foto no peito como história
Um olhar, um sorriso e uma ilusão
Um licor, um soneto e uma paixão
Um amor, uma rosa e uma dama
Um espelho, um lençol e uma cama
Um papel, um tinteiro e uma vela
Um retrato da amada e uma janela
São cenários do peito de quem ama

Renato Santos

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Que nem mesmo o infinito me separa De encontrar em você minha existência

E a poesia jorrou por entre os lábios
Seu olhar sussurrou um bom gemido
Seu ouvido falou como um bom sábio
Que de tudo viveu sem ter vivido
E entre raios tão puros como o sol
Seu cantar superou o rouxinol
Entre o orvalho mais puro. E a consciência...
Em meu peito feroz sempre dispara
Que nem mesmo o infinito me separa
De encontrar em você minha existência

Renato Santos

Doce pecado


És ainda os gorjeios das manhãs
Que me encantam por tanta devoção
Entre os lábios teu beijo tão cristão
Em promessas de amor todas pagãs

Os teus beijos tem gostos de hortelãs
Como os sonhos roubados da paixão
Que o desejo implantou no coração
O pecado das juras mais cristãs

Como em peça eu serei o teu Romeu
E de todo o amor meu será só teu
Tudo o que das paredes escutar

Entre juras e peças de amores
No teatro seremos dois atores
Na existência perfeita de se amar

Renato Santos

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Provando


Como todas as dores são iguais
Minha dor é igual o teu sorrir
Sofro aqui mas não devo me iludir
Num romance de tantos desiguais
Eu tão tolo no amor querendo mais
E você tão robusta na vontade
Inocente demais pela idade
Vai querendo provar todos sabores
Mas não podes provar vários amores
Sem provar da bebida da saudade

Renato Santos

segunda-feira, 1 de abril de 2013

De que vale uma vida mal-contada Se o amor se perdeu pelo caminho?


Quando a tinta do tempo me alcançar
Vai tingir-me a cabeça aos solavancos
E deixar todos meus cabelos brancos
E de nada adianta se eu pintar
Mas se um peito é capaz de aguentar
Tantos sonhos perdidos sem carinho
Tanta flor sem perfume, só espinho
Que a saudade jogou pela estrada
De que vale uma vida mal-contada 
Se o amor se perdeu pelo caminho?

Renato Santos

Dez minutos de amor sendo com ela Vale o resto da vida sem amar

Eu preciso sentir este calor
Deste corpo com porte de sereia
Seu andar empinado me aperreia
Sua boca é tão pura como a flor
Seu sorriso singelo é tentador
Sinto a paz do meu céu no teu olhar
Só por isso eu não paro de pensar...
Quando o meu coração sera só dela
Dez minutos de amor sendo com ela
Vale o resto da vida sem amar


Poeta Anderson Kelvin