quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Tire a máscara do rosto e se apresente

Questionado por uma Funkeira que difundia aos quatro ventos sobre meu gosto de forró pé de serra respeitei sua ignorância às artes culturais com o seguinte soneto:

Desça deste sapato das alturas
Baixe mais seu nariz de pabulagem
Pois com roupas tão curtas tua bagagem
Ganha espaços demais pelas censuras

Teus retoques nos seios: ataduras
Não te faz possuir melhor imagem
Se possível remova a maquiagem
E quem sabe falamos de culturas

O teu FUNK retrata a hipocrisia
Meu forró pé de serra é poesia
Realmente, de ti sou diferente

O meu nome é Renato e sou assim
Se quiseres meu bem falar de mim
Tire a máscara do rosto e se apresente

Renato Santos

Mote: Veio a onda e apagou o meu desenho/Sem poder te apagar do coração

Hoje a noite na praia eu desenhei
Teu sorriso na areia do destino
Por te amar loucamente igual menino
Foi só teu o amor que imaginei
Você foi meu amor e eu fui teu rei
Fomos uno na arte da paixão
Meu amor por você foi ilusão
E a inércia parou meu desempenho
Veio a onda e apagou o meu desenho
Sem poder te apagar do coração

Renato Santos

Mote: Minha mente insiste em te esquecer/ Mas meu peito insiste em te amar

O meu corpo sem ti é tão tristonho
Feito a rosa sem ter o beija-flor
Os meus dias sem ter o teu amor
São tormentos, inertes e enfadonho
Só você constitui meu grande sonho
Sou capaz de teu cheiro imaginar
Minha boca procura o teu beijar
Só teu corpo é capaz de me aquecer
Minha mente insiste em te esquecer
Mas meu peito insiste em te amar

Renato Santos

À uma amiga

Você finge curtir meu comentário
Me enrola nas festas da cidade
É capaz de fingir uma saudade
Mas não pode enganar o imaginário
Você pode pensar que sou otário
Mas teu corpo já foi de muita gente
Hoje ao ver que sei disso sigo em frente
Sinto nojo de mim por ter te amado
Me arrependo demais de meu passado
Mas você é pretérito e eu sou presente.

Renato Santos

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Traços de beleza

Eu odeio implorar sua atenção
Mas não posso viver sem teu sorriso
Sem sentir o teu cheiro de narciso
Penetrar as artérias da paixão
Teu olhar: meu farol na escuridão
Teu andar tem estilo e sutileza
Tua face é sinônimo de grandeza
Pois teu cheiro é o cheiro do amor
Deus te fez como a tela de um pintor
Com os traços mais belos da beleza

Renato Santos

Galope do fim

Não quero viver muitas alegrias
Se eu não tivesse no peito tal sorte
Ao ver o futuro chegando com a morte
No pleno conforto do fim dos meus dias
Eu recitaria sonetos, poesias
Pedindo uma rede, para me deitar
Lembrar do passado dormir e acordar
Com muita certeza da dúvida, enfim
Pois quero viver no dia do fim
Fechando os meus olhos com a vista do mar

Renato Santos

Essa é pra você morena nascida em 15 de Fevereiro

Sei que um dia ainda vou
Beijar tua boca pagã
Mesmo a tendo como irmã
Meu peito se apaixonou
Tua face me aprisionou
Teu sorriso me rendeu
O te olhar me prendeu
Teu cheiro me arrepia
Só peço a Deus pra que um dia
Teu corpo possa ser meu

Renato Santos

A resposta

Já não sei esconder as cicatrizes
Que ficaram no peito em carne crua
Perco noites de sono olhando a lua
Relembrando nós dois, sempre felizes
Tu em outro quintal formou raízes
Não entendo o porquê da decisão
Eu que sempre te dei tanta paixão
Mas feridas do peito o tempo cura
No futuro talvez, tu me procura
E eu responda, foi mal, mas hoje não!

Renato Santos

sábado, 14 de setembro de 2013

Na beira do mar

Na beira do mar, a onda que abraça
Na praia risonha espanto o tormento
O sal da areia parece fermento
Batendo na mente parece cachaça
Sombras de coqueiros, amigos na praça
Tanta coisa boa pra se aproveitar
Porém a distância Me deixa a lembrar
Que prédios, asfalto, e o mar não me mude
Prefiro um mergulho na beira do açude
Mas mato a saudade na beira do mar


Renato Santos

Éter na mente

Volte logo a correr meu velho peito
No cenário de amor que tanto andei
Onde estão tantas flores que plantei
Já morreram, ou não plantei direito
O que sentes, qual é o teu defeito
Porque não me respondes de verdade
Onde foi que ficou o amor que invade?
Porque não vejo mais outra paixão
Quem foi que sequestrou meu coração?
Ah, lembrei. Como não, foi a saudade

Renato Santos

Dúvidas

Porque não te encontro nas memórias
Onde estão nossas fotos, teu retrato
No anel de noivado só Renato
Foi gravado, e onde estão as nossas glórias?
Teus troféus não encontro, e tuas vitórias
Porque é que eu não sei por onde estão
Quem foi que sequestrou nossa união
Porque é que eu não posso te encontrar?
Só restou para mim o verbo amar
Num pretérito marcado de ilusão?

Renato Santos

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Teu eu tão meu



O teu rastro marcou meu sentimento
Os teus beijos nos lábios quase sinto
Teu perfume não sai de meu recinto
Teu olhar não me sai do pensamento
Ouço até o teu peito em passo lento
Me chamando pra perto e eu te desejo
Mas teu corpo arrepia, e então fraquejo.
Tua pele a tocar, perco o respeito
Dou até um milhão por um confeito
Pra saber o sabor que tem teu beijo

Renato Santos

Sou do berço imortal da poesia

Meu repente produz a flor mais pura
Tem o bote da cobra caninana
Da garapa extraída da caiana
O meu verso é o mel da rapadura
Sou veneno que mata e produz cura
Sou ardência de um gole de pitu
Sou o mel adoçado de uruçu
No improviso que faz minha poesia
São José do Egito é minha guia
Sou do berço imortal do Pajeu

Renato Santos

Serei poeta de sonhos

E pra quem fica acordado
Estarei partindo agora
O meu colchão está forrado
Deitar-me-ei muito embora
Quero sonhar com bonança
Enquanto a mente descansa
De pesadelos medonhos
Vou arquitetando a meta
Sonhando ser um poeta
Serei poeta nos sonhos


Renato Santos

"Se eu não lembrar do sertão"



Sou arquiteto de rimas
Engenheiro de saudades
Letrado em puras verdades
Doutorado em obras primas
Mestrado em muitas estimas
Formado em recordação
Sou médico para a paixão
Da classe o número um
“Não quero diploma algum
Se eu não lembrar do sertão"
Renato Santos

Quando vejo a clareza de teu NÃO Só percebo a distância de teu SIM



Aprendi a viver tão solitário
Recitando quimeras de lembrança
Vendo o tempo acabar minha esperança
E a vitória existir no imaginário
O amor se pintar num relicário
Um sorriso marcando o triste fim
Eu sou teu, porém, tua não sois de mim
E entre nós sou só eu e solidão
Quando vejo a clareza de teu NÃO
Só percebo a distância de teu SIM
 Renato Santos

SENTI TANTA SAUDADE QUE APRENDI CONVIVER COM A SAUDADE SEM SENTIR



Vou sentindo o meu peito lentamente
Se perdendo nos rumos do destino
Apanhando deixei de ser menino
Sem te ter eu apanho novamente
A saudade maltrata e tão carente
Ao lembrar eu me pego a me iludir
Teu retrato rasguei pra não cair
Teu amor não é meu, reconheci
SENTI TANTA SAUDADE QUE APRENDI
CONVIVER COM A SAUDADE SEM SENTIR

Renato Santos Mote de Dekiane Ribeiro

Quem saiu perdedora foi você



Eu perdi teu amor isso é verdade
Mas você perdeu mais tenho certeza
Vou tratar de repor minha beleza
E dormir no aconchego da saudade
Amanhã é você quem vira a grade
Lamentando, chorando ou infeliz
Não vou mais lamentar como já fiz
Que amanhã eu encontro um novo amor
Um alguém que mereça o meu amor
E que torne minha vida mais feliz

Terminamos de vez, isto é tão certo
Quanto quatro é a soma dois mais dois
Se eu tiver de sofrer sofro depois
Pois de ti o meu peito está liberto
Uma nova paixão está bem perto
De teu rosto meu gosto se esqueceu
Eu chorei, eu perdi você sofreu
Me perdeu e a culpa não foi minha
Que por não dar valor ao que se tinha
Vai chorar lamentando o que perdeu

Renato Santos