sábado, 30 de março de 2013

Na capital da saudade Deixei mil juras de amor

Pelo jardim da paixão
Plantei sementes de sonhos
Colhi teus lábios risonhos
Nas flores da ilusão
Nas curvas do coração
Capotei por teu calor
Peguei carona na dor
Pra viver na eternidade
Na capital da saudade
Deixei mil juras de amor

Renato Santos

Se não se pode se dar a perfeição, Não se pode exigi-la de ninguém.


Se não tenho a pessoa que adoro
Lutarei para tê-la com certeza
Seu olhar me reflete a natureza
Seu sorriso o amor que tanto imploro
Sem se ter seu calor me deito e choro
Faço um verso de amor que me faz bem
Sei que não sou perfeito, mas também
Não existe o perfeito na paixão
Se não se pode se dar a perfeição, 
Não se pode exigi-la de ninguém.

Renato Santos

Talvez

Talvez não digo que amo
Talvez eu ame e não sei
Talvez não sei se errei
Talvez dormindo eu te chamo
Talvez teu peito é meu ramo
Talvez o amor me destroi
Talvez eu não seja o heroi
Talvez o amor foi extinto
Talvez não diga, mas sinto.
Talvez não chore, mas doi.

Renato Santos

segunda-feira, 25 de março de 2013

Sextilhas-setilha

Se a poesia me visita
Traz um remédio que acalma
A inspiração se agita
E as palavras perdem a calma
E eu fico com um parasita
Nos aposentos da alma

*

O nordestino é valente
Pois tem fé no coração
Se a chuva não cai ao solo
Ele faz emigração
Mas basta o cheiro da chuva
Pr´ele voltar pro sertão

A vida traz como herança
Uma herdeira ao sul e ao norte
Vive ao riso da criança
E ao velho traz o transporte
Que leva ao vale do fim
Terra do bom e do ruim
Porto do fim, é a morte

Renato Santos

Ô coisa boa é amar E ô coisa ruim é roedeira

Eu vivo na dimensão
Onde o amor é presente
Faz gosto sentir na gente
O beijo bom da paixão
Aquecendo o coração
Na mais perfeita fogueira
Que queima uma ERA inteira
Sem o carvão se apagar
Ô coisa boa é amar
E ô coisa ruim é roedeira


Renato Santos

BBB: Besteira mais Besta do Brasil!

Assistindo novelas e jornais
Ou desenhos e filmes e canções
Analiso os canais, programações
Que me fogem das regras naturais
As crianças de ontem: tão normais
Quando adultos mudaram seu perfil
Colocou-se na mira de um fuzil
Que hoje em dia é chamada por tv
E é por isso que eu chamo o BBB
"A Besteira mais Besta do Brasil"

Renato Santos

Que te amo isso não nego Mas também não te admito

Que te amo isso não nego
Mas também não te admito
Igualmente o infinito
É o amor que te entrego
Porém sempre fui um cego
E a minha história é pecar
Pois sempre quis te beijar
Mas sem você em meu sonho
Sou um poeta tristonho
Meu pecado foi te amar

Renato Santos

Poderei te esquecer mas só se um dia Me arrancarem do peito o coração

Parecendo um feitiço me envolveu
E num passe de mágica me encantou
Se teus lábios minha boca não beijou
Vou viver na ilusão de um beijo teu
Eu que sempre te vi no sonho meu
Semeando em meu peito uma paixão
Mas acordo e percebo a ilusão
Que o amor entre nós foi fantasia
Poderei te esquecer mas só se um dia
Me arrancarem do peito o coração

Renato Santos

O amor na terra do nunca

Fui à "terra do nunca" pra te ver
No caminho em saudades me desmancho
Enfrentando até "capitão gancho"
Eu fui teu "Peter Pan" tu podes crer
A "Wendy" fiel de meu viver
Que jamais me deixou triste ou sozinho
Sois a fada mais bela, sois "Sininho" 
Misturei fantasia e ilusão
Mas na terra do amor, minha paixão
Eu te entrego minha sombra de carinho

Renato Santos

Se tu diz que é só meu seu coração Por que tanto me pede que eu te esqueça?

Eu não posso esquecer nosso romance
Que juramos na lua prateada
Entre beijos e afagos na calçada
Pelos raios brilhantes do nuance
O destino nos deu uma bela chance
Nem que o nosso amor dessapareça
Só teu cheiro me passa na cabeça
Não desista da gente minha paixão
Se tu diz que é só meu seu coração
Por que tanto me pede que eu te esqueça?

Renato Santos

Me usou como um lenço de papel No retoque de sua maquiagem

Sequestrando meu pobre coração
Eu não vi seu amor tão mentira
Comprei pedra em disfarce de Safira
Num romance de amor e traição
Eu amei já você, eu sei que não
Pois amor de verdade é sem dosagem
Me bebeu feito vinho de passagem
E da boca limpo-me como fél 
Me usou como um lenço de papel
No retoque de sua maquiagem

Renato Santos

Seu calor derrete a neve Que cobre meu coração

Num vendaval de loucura
Teus beijos foram meu vício
Teu amor foi meu ofício
Num temporal de doçura
Uma aventura tão pura
Que vai além da razão
Tempestade de paixão
Cobrindo o corpo de leve
Seu calor derrete a neve
Que cobre meu coração

Renato Santos

Porque a vida é sempre injusta
Com quem ama de verdade?
É triste sentir-se mau
É chato não ter metade
De alguém pra lhe completar
Um peito capaz de amar
Deve morrer de saudade

Renato Santos

Quando a porta do peito se fechou A saudade escondeu a chave dela

Vou cruzar todos os meridianos
E avançar todos trópicos do planeta
Descrever-te no rastro de um cometa
Ou deixar-te de vez nos meus enganos
Nossos sonhos de amor marcaram planos
Um amor entre olhares na janela
Meu amor virou cena de novela
Que a borracha do tempo deletou
Quando a porta do peito se fechou
A saudade escondeu a chave dela

Renato Santos

No rastro da saudade

Tempo duro e cruel que me afeta
Sem deixar meus pesares desabarem
Se os meus prantos na face não rolarem
Vou viver sem destino e sem ter meta

A procura talvez de uma seta
Que me indique o caminho de voltar
Busco alguém que me queira e deixe amar
Pra provar o amor deste poeta

Mas quem manda gostar de poesia
Se eu voltar a querer quem me queria
Poderei me doar de coração?

Como o simples perfume da verdade
Vou deixando o meu rastro na saudade
Me sentindo sem paz e sem paixão

Renato Santos

Quadras

Tomando dores alheias
Encho toda a minha vida
Enfrentando seca e cheias
Deixando a alma ferida


*

Sinto falta de um sorriso
E de um pequeno olhar
Dizendo de improviso
Que adora me adorar


*

Quero sonhar com você
Peço a Deus este desejo
Dormir lembrando teu rosto
E acordar com teu beijo


*

Renato Santos


A primeira ilusão do teu amor

Um olhar sedutor e atraente
Me deixando em xeque de repente
Faz meu dia passar tão de repente
E o que vejo é pra mim encantador
Me revolto porém arrependido
Revoltado por nunca ter vivido
Eu só sinto na vida é não ter sido
A primeira ilusão de teu amor

Renato Santos

Amar: Ser poeta

Quem disser que amar não faz sofrer
Acredito que nunca amou ninguém
Pois no dia que for amar alguém
Vai sentir em seu peito e então vai ver
Os caminhos do amor vai percorrer
Mas não são só as flores no caminho
Entre afagos de beijos e carinho
Não entende o sofrer que me afeta
Quer sofrer? Basta apenas ser poeta
Pra saber quanto é ruim estar sozinho

Renato Santos

Sonhando

Te amo tanto que farei o vento
Te respostar por todo o amor que deste
Tão fria e bela, sempre que vieste
Com teu sorriso trazendo acalento 

Um verso chora e outro verso invento
Cobrindo a carne que minh´alma veste
Meu peito clama teu beijo celeste
Que antes me deste num vil juramento

Me deito e durmo sobre um chão de pranto
Com mil lembranças a causar-me espanto
Espero ver-te para adormecer.

Mas bem talvez eu seja um pobre amante
Meu sonho é triste, alegre... delirante
Sonhar contigo é ter-te sem te ter


Renato Santos

Se tua estrela não brilha Não busque ofuscar a minha


Eu até acho engraçado
Quem não tem capacidade
De andar pela verdade
Pelo caminho sagrado
Sem ter Jesus ao seu lado
Quer ser o dono da rinha
Mas no "certo" não caminha
E não tem uma própria trilha
Se tua estrela não brilha
Não busque ofuscar a minha

Renato Santos

quinta-feira, 14 de março de 2013

Segredo


Hoje vejo aflorar uma emoção
Que não vejo aflorar a muitos anos
Sinto o peso do amor nos meus enganos
Florescendo em impulsos de paixão
A semente cresceu no coração
E a raiz que formou-se é como a chama
Queima o peito e me afunda como a lama
Explicando o motivo desse enredo
Amo ela demais, mas em segredo
E nem mesmo em segredo ela me ama

Renato Santos

Caindo emoções no mar


Percebi que o mar com seu tormento
Sente o mesmo que eu sinto vendo o mar
Vejo as ondas na praia a se acabar
Já o mar pode ver meu sofrimento
Cada qual infinito em seu lamento
Das angústias dos dias tão serenos
Todos dois tão gigantes, tão pequenos
Imortais no sentir e no viver
Cai meu pranto e no mar cai o sofrer
Todos dois com uma gota d´água a menos

Renato Santos

segunda-feira, 11 de março de 2013

Pode ser o país de quem quiser mas não é com certeza o meu país



O Brasil hoje vive tristes sinas
Em dois ramos do abastecimento:
Futebol se abastece com cimento
E o Nordeste somente as mãos divinas
O sol queima as paisagens nordestinas
E o Planalto sem voz, vez, ou razão
Uma elite sem Deus no coração
Que corruptos desviam o dinheiro
Esse sim é o cenário brasileiro
Que despreza os seus filhos do sertão.

Renato Santos

104 Anos de emancipação política São José do Egito


São José do Egito eu te venero
Pelas cores que enfeitam teu semblante
Tua história marcada em cada instante
Reproduz cada glória com esmero
Ao falar sobre ti sempre exagero
Porque longe de ti sou andarilho
Eu não vivo sem ver teu grande brilho
E me dano em busca de teu solo
Pois somente ao teu ar eu me consolo
Sempre volto ao teu chão como um bom filho

Renato Santos

104 Anos de emancipação política São José do Egito



Eu nos meus 21 sou aprendiz

De uma história completa e um cenário
104 hoje faz de aniversário
E a imagem perfeita ainda diz
Que é tão bela, gigante e tão matriz
Quanto os versos de Job e Zé Lulu 
Tens o canto imortal do sanhaçu
Com encanto e com glosa todo dia
Parabéns São José da poesia
Quem se enfeita por ti é o Pajeu

Renato Santos

São José do Egito, 104 anos de emancipação política. Foto do santo padroeiro, centro da cidade.



O teu centro é repleto de alegria
Tuas ruas marcadas por dilemas
Cada esquina ouviu muitos poemas
De poetas em noites de magia
Teu legado imortal, a poesia
Embriaga os poetas do teu chão
Que perdidos na musa inspiração
Satisfazem desejos de outrora
Pra pisar em teu chão não vejo a hora
Minha musa poética do sertão

Renato Santos

104 anos de emancipação política- São José do Egito


Nas esquinas tem cheiro de repente
Quem nascer em teu chão já tem o dom
Me embriago ao sentir teu cheiro bom
São José meu orgulho e meu presente
O improviso é teu filho mais contente
O teu chão tem os traços da poesia
Terra rica imortal da cantoria
Tua história me conta uma verdade
Quem se ausenta de ti sente saudade
Como nunca jamais sentiu um dia

Renato Santos

Nas cores de Pernambuco São José é mais bonita

São José do Egito-PE as mesmas cores da bandeira estadual

No horizonte desponta um céu de anil
Entre um belo arco-íris que se enfeita
Chega o vento e a chuva ao chão se deita
Saciando a escassez do chão febril
A cidade já muda o seu perfil
E aparece a cor da salvação
Logo o verde floresce e enrica o chão
E a semente germina outra vez
O cenário mais belo que Deus fez
Foi pintar este quadro no sertão

Renato Santos
Foto São José do Egito

sexta-feira, 8 de março de 2013

Verbo transitivo Mulher


A mulher é sinônimo de igualdade
Objeto direto da beleza
Sentimento é seu verbo com certeza
Conjugada onde quer que houver saudade
Nos pronomes da vida é santidade
Nos sonetos é pura inspiração
Deus a fez da costela de Adão 
Para o homem é pura e delicada
É bonita, é charmosa e adorada
A mulher é sinônimo de paixão

Renato Santos

Flor Feminina

(imagem do google)

Flor feminina

Todo dia é  um dia feminino
Só que hoje é uma data especial
A mulher é um ser angelical
Em que o amor se tornou seu inquilino

Tem no ventre a semente do destino
Do universo é o ser primordial
Detentora do amor universal
Seu sorriso é o sorriso mais divino

As palavras escorrem em seus lábios
Tem o dom dos conselhos mais que sábios
Para todo problema que houver

Seu valor é maior que diamantes
Os seus olhos refletem dois brilhantes
Eis o ser mais perfeito: A MULHER

Renato Santos

domingo, 3 de março de 2013

Soneto

Perder para ganhar o seu amor
Ganhar o seu amor e não te ter
Te ter só em meus sonhos que temor
Procuro da saudade me esconder
E quando a chuva chega sem clamor
Inunda o meu peito com poder
No frio me aqueço sem calor
E sem ter teu calor vou padecer

Mas posso de relance em um suspiro
Bem antes de meu último respiro
Te ver com um sorriso olhar pra mim

E irei para outro plano na certeza
Que antes de morrer vi a beleza
Que existe no amor, mesmo no fim


Renato Santos

Desabafo de amor

Eu que quis teu amor para meu peito
E acabei por doá-lo por inteiro
No relógio do tempo eu fui ponteiro
Que moveu-se ao contrário. Imperfeito!
Mas você foi meu cálice mais perfeito
Muito embora não quis me dar paixão
Mesmo assim mergulhei numa ilusão
De te dar meu amor sem nada em troca
Se pra muitos pareço ser boboca
Sou boboca em te dar meu coração

Posso nunca chegar a te beijar
Mas me empenho em te ter mesmo que em sonhos
Só você faz meus dias ser risonhos
Só contigo é que posso a vir sonhar
Se meu erro é viver pra te amar
Pra te amar nesse erro vou viver
E se acaso sem ti eu vir morrer
Vou dizer com alegria em minha morte
Eu ao menos cheguei a ter a sorte
Do amor conhecer mesmo sem ter

Mesmo morto estarei sempre presente
A te ver como o amor que nunca tive
O pecado maior para quem vive
É viver sem amar qualquer vivente
Um amor nunca morre ele é latente
E é tão grande igualmente o próprio mar
Fui feliz por te amar, não vou negar
Mas que pena meu bem que não sabias
Te amei tão secreto em poesias
E pra sempre minha alma irá te amar

Renato Santos

A pior parte em amar alguém é que as vezes você não é correspondido.
Não doi tanto quanto deveria doer, mas te faz sentir que nem tudo é perfeito, e que a esperança existe no final, mas será que todos chegam até o final?