quarta-feira, 30 de julho de 2014

CASTELO DE ILUSÃO


Construí um castelo de paixão
Sobre os planos do amor que me enfeitiça
Esse amor, no início, sem cobiça
Começou afetar meu coração
Esse amor hoje em dia não se atiça
E acabou-se a magia e a sedução
O problema é que eu fiz a construção
Num terreno de areia movediça

Eu não penso em sair desse castelo
Pois sonhei construir um sonho belo
E fincar meu amor nesse terreno

Se as paredes ruírem de repente
Vou morrer com essa ideia em minha mente
Te amar... Isso sim foi meu veneno

sábado, 19 de julho de 2014

VIDA DE POETA


Quando a gente se arrepende
E não quer explicação
Peito chora e a mente pende
Nos caprichos da ilusão
Feito uma faca afiada
Deixou minha alma cortada
E rompeu os ligamentos
Que o peito tinha em comum
Me tratou por qualquer um
E desprezou meus sentimentos
Uma rua e uma calçada
Foi o palco de nós dois
Lá nós não fizemos nada
Pois deixamos pra depois
Mas o futuro é incerto
Nosso caso não deu certo
E o depois se transformou
Chances nós bem que tivemos
Mas passaram, nós perdemos
E a semente não vingou.
Foi na praça aquela noite
Que fitei teus caracóis
Três corpos, finos açoites
Não podemos ficar sós
Tivemos por companhia
Uma mãe, a estrela guia
Sob o céu da imensidão
Eu mexi na tua unha
E a lua foi testemunha
Daquela linda união
Esqueceu tudo o que eu fiz
Pra te ver de qualquer jeito
Hoje sou mero infeliz
Com tremenda dor no peito
Pelo nome que almeja
Me jogou feito cerveja
Quando espuma e então esquenta
Mas a vida é dessa forma
Sem capricho faz reforma
E o antigo se arrebenta

Só restou pra despedida
Um abraço sem paixão
Dois amantes e uma vida
Que vai sofrer mutação
Uma grande psicose
Vai sofrer metamorfose
E o casulo se rompeu
A borboleta voou
O casulo ali ficou
E a lagarta não viveu

Vou rastejar muito tempo
Até pensar em mudar
Vou passar o passatempo
Para o tempo não passar
Quero mudar minhas cores
Mas quero ter meus amores
Com o mesmo idealismo
Ser borboleta sem flor
Procurar um novo amor
Nos jardins do otimismo
Isso é VIDA DE POETA
Que se perde em qualquer cena
E eu me perdi na reta
Das curvas da flor morena
Seu sorriso ainda vejo
Mas não sei sobre seu beijo
Seu olhar me faz sonhar
Não te beijar foi meu crime
E vou pagar esse regime
Enquanto o peito pulsar
E eu pensando ter achado
A metade que faltava
Foi um sonho imaculado
E à muito eu não sonhava
Foi um sonho muito lindo
Mas no fim te vi sorrindo
Com um sorriso encantador
Meu peito ficou chorando
E vai viver lamentando
Pois não viveu esse amor
Se quiser me procurar
Sabe onde é minha morada
Pode vir que vou deixar
Minha porta destrancada
Mas eu vou botar um cofre
Pois meu peito ainda sofre
Vou te guardar junto as flores
Pra quando me visitar
Eu te abraçar sem contar
Do cheiro das minhas dores.
Ah se Deus me respondesse
E me desse explicação
E o meu anjo aparecesse
Com teu corpo em meu colchão
Não sabendo o que fazer
Eu iria agradecer
Por esta obra completa
Desculpem se errei na métrica
Mereço a cadeira elétrica
Pois meu crime é ser poeta

segunda-feira, 7 de julho de 2014

É preciso bater dez corações Pra bater pelo peito de um poeta

Você foi minha Eva eu fui Adão
E ganhava em teu riso o improviso
Você foi a maçã do paraíso
E eu caí nos teus braços, tentação.
A saudade não mata o coração
Mas entope as artérias, nos afeta
O sistema do amor que nos completa
Afetando os amores e as paixões
Que é preciso bater dez corações
Pra bater pelo peito de um poeta

Renato Santos

Destacando os sentimentos

Tu que sempre me disse ser VERDADE
Que um dia talvez me amaria
E eu fui te ofertando a poesia
Me prendendo nos braços da SAUDADE
Frente aos SONHOS senti muita vontade
De pedir a você minha querida
Um remédio que cure uma ferida
Que eu sei que só pode estar CONTIGO
Ao invés de me ver só como amigo
ME ACEITE DE VEZ NA SUA VIDA.

Renato Santos

Mote: "Se Jesus for estilista, O amor vira vestimenta"

O alfaiate das rimas
Que tece os versos que faço
Está em qualquer espaço
Nos vestindo de obras primas.
Vai costurando as estimas
Com a sua ferramenta
Que faz a roupa que esquenta
Vestindo a nossa conquista
"Se Jesus for estilista,
O amor vira vestimenta"

No mote De Poetizante Cordelista
Renato Santos

De que vale eu tentar fazer Direito Se não tenho o direito de te amar?

Tantos versos que fiz pra teu louvor
Eu pintei o teu rosto em carbonato
Mas no fim eu nem tenho o teu retrato
Pra guardar na carteira do amor
Sem você perco todo o meu valor
E até penso que nunca irei ganhar
Os seus beijos de amor, e o seu olhar
Tatuei cada traço no meu peito
De que vale eu tentar fazer Direito
Se não tenho o direito de te amar?

Renato Santos

Refaço os meus planos

Se um dia a saudade parar de doer
Eu sei que meu peito vai ficar tão farto
Que até corro o risco de ter um infarto
Sem chegar o dia de te conhecer.
Assim que meu peito parar de bater
Eu quero beber desses lábios teus
Pois sei que assim o sopro de Deus 
Vai me devolver a vida e a existência
Se o tema é saudade exclui-se a ciência
E refaço os meus planos pra rimar com os seus

Renato Santos

domingo, 6 de julho de 2014

A COMIDA DE MAINHA



Quando a fome batia na barriga
E mainha dizia ao me chamar:
Vem comer pro "cumê" não esfriar
Vem "timbora" engordar tua lombriga.
Eu saia sem medo de intriga
E entrava pulando uma janela
Dava um beijo em mainha, e o rosto dela
Era pura poesia de paixão
Completava a mistura do feijão
Com a graxa de carne na panela

Esta graxa serviu de tira gosto
Aumentando o gosto da comida
Que mesmo sendo tão pouca é dividida
Pra quem chegar na casa fazer posto.
Em mainha eu notava no seu rosto
Que apesar de faltar toda a mistura
Ela dava feijão com tal ternura
Que o arroz tinha gosto de rabada
E pra nunca deixar-me faltar nada
Ela dava um "taquim" de rapadura

Só o cheiro do almoço já me dava
uma fome cachorro da mulesta
Quando mão preparava arroz de festa
E a panela completa só de fava.
Quando o fogão de lenha precisava
De mais lenha a manter a chama acesa
Eu corra pro mato com certeza
De trazer toras secas pro fogão
E depois degustar com emoção
O almoço de mãe posto na mesa.

O almoço mais puro e sem besteira
Preparava com toda precisão
Tinha coentro, cebola e pimentão
Também alho, tomate e macaxeira.
A farofa mais pura e verdadeira
E o cheiro de carne na cozinha
Ela é minha mãe, minha rainha
Suas mãos já possuem vitamina
Pra que tanta comida rica e fina
Se não tem o tempero de mainha?

Renato Santos

Um Galope à São José

São José do Egito. Nasci nesse chão
No solo fecundo que brota poesia
E as minhas sementes são de cantoria
Por isso não falta no meu coração
Sonetos, sextilhas, muita inspiração
Que ficam melhores ao se declamar
Quando a capital é ruim de morar
Enfeito o asfalto com versos de amor
E sinto a saudade me causando dor
Nos dez de galope na beira do mar.

Renato Santos

Caindo e levantando

Meia noite e meu quarto tão vazio
Esperando um calor mais solidário
Uma vida e meu peito sempre frio
Esperando um amor n´outro cenário
E o relógio fazendo tic-tac
Mas em cada segundo eu levo um baque
Mas os baques da vida nos completa
E caindo, quem sabe, eu pago o preço
Mesmo assim ajoelho e agradeço
Quando lembro que Deus me fez poeta.


Renato Santos

Eu não quero um amor por piedade

Eu não quero um amor de ilusão
Nem status fazendo meu perfil
Quero alguém para amar e ser gentil
Quero alguém pra entregar meu coração.
Quero um porto seguro pra paixão
Uma dama que faça-me sonhar
Eu não quero aliança para usar
Quero alguém que me queira de verdade
Eu não quero um amor por piedade
Eu só quero um amor fácil de amar

Renato Santos

São José do Egito



São José do Egito terra rica
Mãe dos grandes poetas cantadores
És o fruto do Pajeú das flores
Só com versos teu nome se explica

São José do Egito que fabrica
Os poetas que falam dos amores
Da saudade também, além das dores
Em poesia o teu nome se autentica

São José do Egito terra amada
Mãe de toda poesia declamada
São José do repente e cantoria

Eu carrego o teu nome aonde eu vou
E se alguém me pergunta de onde sou
-Sou do Berço Imortal da Poesia.

Renato Santos

A cor morena

Quando a lua vai saindo
Tingindo o chão de meu peito
Vejo o teu sorriso lindo
Cheio de um brilho perfeito.
Teu olhar me arrepia
Quando a lua em fantasia
Surge tão bela e serena,
E pros mortais se insinua
Que a cor do brilho da lua
Só perde pra cor morena

Renato Santos

Galope à beira mar

No teu tribunal me entrego e proclamo
Errei por falar palavras reais
Meu crime perfeito foi te amar demais
Meu crime banal foi dizer te amo.
No peito (antes seco) lágrimas derramo
Nas leis do amor podes me julgar 
Amar não é erro. Errado é amar!?
E eu guardo esse erro bem dentro de mim
Mas vou te esperar, pra viver assim
Nos dez de galope na beira do mar

Renato Santos

Um pedacinho de SUMÉ


Mulher nova, bonita que fascina
Os encantos fiéis de minha fé
Pouco a pouco o teu jeito me domina
E me torna um pedaço de Sumé

Te encontrar foi a minha grande sina
Poetisa perfeita igual tu é
A mulher tão garota e tão menina
Que eu desejo levar pra São José

Teu sorriso perfeito me completa
E me torna o poeta mais poeta
Que se inspira na tua inspiração

Os teus olhos encanta a existência
Não existe no mundo uma ciência
Pra clonar toda a tua perfeição

Renato Santos

Primeira Dama

Eita morena... Inventei de chamar ela de primeira dama, saiu esse versinho na inspiração de momento.

De que vale um ingresso de final
Sem te ter do meu lado a me beijar
De que vale o Brasil tanto ganhar
Se o troféu de teu riso é mais real
Pra que cargo ou assento especial
Se o teu peito é o cargo mais perfeito
Eu não quero saber de ser prefeito
Quero um cargo que chegue a sua altura
Nada quero saber de prefeitura
Quero ser governante de teu peito

Renato Santos

MINHA OUTRA METADE


Fiz sonetos e juras de verdade
Decretando o amor que há entre a gente
E relembro o teu rosto em minha mente
Desenhado nos traços da saudade

Desse amor fiz total realidade
Nos meus sonhos que tive fielmente
Teu carinho me abraça fortemente
Completando em meu peito uma metade

Frente aos sonhos a vida segue o rumo
E quem sabe contigo eu não me aprumo
E arranjo na vida o meu caminho

Me aceite de vez na sua vida
Que eu garanto a você, minha querida
Nunca vou te deixar faltar carinho

Renato Santos

MORRENDO DE SAUDADE



Eu bebi da saudade que embriaga
Muitas doses em taças de amargura
E passei a lembrar de tua jura
Como a mão de quem bate e após afaga.

Eis que vejo em meu peito uma nova vaga
Sei que Deus só ajuda a quem procura
E eu achei em você a minha cura
Se tentar melhorar eu sei que estraga

Encontrei em teu rosto paradeiro
E o amor que surgiu é verdadeiro
Minha vida contigo é mais intensa

Hoje sei que te quero de verdade
Sem você vivo morto de saudade
Mas morrer por você sempre compensa

Renato Santos

Desencontros

Prometi a você amor eterno
Eu te quis como abelha quer o mel
Você foi um pedaço de meu céu
Quando a vida pra mim era um inferno
Eu fui só um rabisco em seu caderno
E não posso mais crer nessa ilusão
Que a distância atrapalha a relação
Pois você não me faz acreditar
De que vale o meu peito a te amar
Se não podes me dar teu coração

Sem querer pouco a pouco eu percebia
Que as mensagens trocadas se acabavam
E as poucas conversas que restavam
Eram raras e escassas dia a dia.
Percebi que você me esquecia
E o meu peito ficou enciumado
Eu queria pensar que estava errado
Mas por graças de Deus vi outro alguém
Que me faz hoje em dia sentir bem
E até penso que estou apaixonado

Tenho medo demais de tropeçar
Nessas pedras que a vida nos atira
O que eu disse é real, não foi mentira
Mas a vida não para se eu parar.
Encontrei outra dama pra lutar
E trazer ao meu peito inspiração
E até posso esquecer nossa ilusão
Mas não posso esquecer que eu te queria
"Posso até te esquecer, mas só se um dia
Me arrancarem do peito o coração"

Eu quis crer que você esqueceria
A pessoa que fez o seu inferno
Mas quem guarda os amores no caderno
Não esquece um amor da noite ao dia.
tu dissestes que nunca me iludia
E eu fui realmente aos poucos crendo
Me lembrando de ti e me esquecendo
Que quem ama é sujeito a ilusão
Outro dia eu te dei meu coração
Mas devolva ele a mim que estou querendo

Me desculpe se fui mais outro amor
Que na vida passou sem ser vivido
Eu lamento também, arrependido
Mas a vida as vezes perde a cor
Você é tão formosa feito a flor
Rapidinho aparece em seu jardim
Beija-flores querendo essa jasmim
Que perfuma os canteiros da paixão
Se não posso viver nossa ilusão
Viva uma meu bem, viva por mim.

Renato Santos