Ciúme
É como a foice da morte
Cortando a alma do amor
Trás desconfiança e dor
Sendo um sentimento forte
Quando chega acaba a sorte
Deixando apenas pavor
Matando qualquer valor
É uma faca sem corte
Palavra que tudo faz
Mata sonhos geniais
Acaba qualquer paixão
É coisa ruim é maldade
Parceira da vaidade
Destrói qualquer coração
Renato Santos
Numa sexta chegando eu meu leito
Uma mera lembrança fez retrato
O primeiro ciúme foi relato
De uma conta aberta em meu peito
Uma dívida feita de tal jeito
Sem temer sentimento tão barato
Não há ouro que finde esse contrato
Ou retire de mim tal preconceito
Dia quatro de Junho foi a noite
Um chicote em meu corpo fez açoite
Me deixando aberta uma ferida
Minha vida não tem nenhum valor
Se arrancarem de mim o nosso amor
Eu prefiro perder a minha vida.
Renato Santos
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