Como sou do sertão de Pernambuco
Sou da terra do frevo e poesia
E Exalto o sertão com harmonia
E se eu não fosse poeta era maluco
Em Recife ao lembrar o Mameluco
Vejo pura poesia e emoção
Que ao lembrar dos poetas do meu chão
Sinto o cheiro dos versos pelo ar
Que eu só troco o infinito desse mar
Por açude e barragens do sertão
Eu não troco o falar de meu oxente
Que o sertão tanto esbanja no seu povo
Eu não troco o meu bom cuscus com ovo
Pelo peixe tão cru de muita gente
Eu não troco o meu clima mesmo quente
Pelo frio que o sul tem por questão
Bem prefiro o meu céu, doce ilusão
Pois aqui nem estrelas posso olhar
Eu só troco o infinito do teu mar
Por açude e barragens do sertão.
Renato Santos
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