segunda-feira, 16 de maio de 2011

Desabafo

  Tudo estava normal. As mesmas pessoas, os mesmos olhares, o mesmo ambiente. Acho que o sol brilhava lá fora iluminando tudo quanto era ser vivo. Não sabia eu que o dia estava para mudar radicalmente.
  Começou de forma estranha, esquisita, fora do comum. Aquele sol que tanto brilhava pareceu sumir. Nuvens escuras dominavam o céu por completo. Os passarinhos pararam de cantar, o ambiente ficou sufocante e a alegria morreu.
  Foi como um terremoto que destrói completamente uma cidade, como um furacão que deixa um enorme vazio por onde passa. Depois de todas as tentativas de socorro, de ajuda ou de medicamento, era como se a esperança não existisse mais.
  Como pode a água desistir de contornar os obstáculos? Como pode acontecer de um céu antes tão azul de repente ficar tão escuro? A resposta na verdade é simples, somos aquilo que o mundo nos faz. Se não houvesse o coração batendo ou os olhos chorando, estaria tudo na mais complexa mesmice.
  Podem existir milhões de sonhos, bilhões de amizades ou simplesmente uma turma de alunos, se no meio de todos houver apenas um fruto estragado ou uma ovelha perdida, esta levará todas as outras juntas para o precipício e terão assim o mesmo cruel destino.
  Enquanto existir a amizade eu a defenderei como um leão, estarei pronto para receber todas as críticas e ser o alvo de tudo, ou então simplesmente me ofereço para ser o saco de pancadas.
  Um irmão é bem mais que um amigo. Um irmão é um confidente, um ombro que estará sempre disponível para receber as lágrimas e dar o consolo. A distância que une dois seres pode ser a mesma distância crucial que forma uma ponte entre os dois, separando assim esse laço grandioso.
  Posso falar com toda certeza que o dia que vivemos é o dia que queremos. Nenhuma opinião pode prejudicar um todo. As conseqüências de um ato podem se transformar em uma necessidade agravante que irá permitir brechas na fortaleza interior.
  Se um amigo é pra ser guardado a sete chaves no peito, meus amigos correm perigo, pois meu peito está estraçalhado, tomado pela tristeza do vazio, do incerto ou então, sou a lágrima que verte na face gélida e que desce calada, e que ao cair pesa mais que uma tonelada esmagando e inundando um ser por completo.  

Renato Santos  Aluno do 3° “F” EREM Oliveira Lima

Um comentário:

  1. Muito profundo... o interessante foi o mínimo que achei para clicar.
    *
    Parabéns meu jovem gigante no talento, que Deus nos ilumine sempre, inté.

    ResponderExcluir