quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quando a gente cansa de alguém... Ou não é correspondido do jeito que quer.

Quando vi teu semblante aquele dia
Te escolhi para ser minha parceira
Até hoje tú foste a companheira
Que fez tudo por mim foi minha guia
Teu problema é não ter a fantasia
E mostrar uma mente de criança
O que eu quero é alguém que siga a dança
E não jogue meus planos pelo chão
Vi no álbum da minha solidão
O retrato da tua insegurança.

Glosa: Renato Santos
Mote: Vinicius Gregório

Minha dura indecisão

Pra chamar sua atenção
Me dedico corpo e alma
Tenho fé e tenho calma
Pra ganhar seu coração
O problema é que ela não
Atende ao meu pedido
Vivo sempre entristecido
Pensando na imagem dela
Vivo sonhando com ela
Mas só sonhar é perdido.

Me vejo despercebido
Dentro do seu coração
Sinto por ela paixão
Mas se ela não tem me ouvido,
Se ela ouvisse meu gemido
Corria pra me abraçar
Junto dela é meu lugar
Ela é roupa que me veste
Justo céu por que me deste
Um peito capaz de amar?

Eu tenho tanto a falar
Pois ela é minha metade
Ela só sente amizade
E amor não quer me dar
O jeito é me declarar
E correr este perigo
Ao seu lado é meu abrigo
Quando estou muito carente
Meu coração está doente
E o remédio está contigo.


Glosa (azul) Renato Santos
Motes (Vermelho) Vinicius Gregório

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Que gosto tem um beijo?

Mote: Renato Santos
Glosa: Renato Santos
 
 
A distância dos corpos pune a alma
Faz ferida na mente e coração
Rasga o peito e sepulta o coração
E se acaba o amor começa o trauma
Pra ganhar teu afeto tive calma
Pois deixei com você minha metade
Me cansei de ganhar só amizade
E roubei-te um beijo sem querer
Eu beijei tua boca sem saber
Que teu beijo tem gosto de saudade

Se saudade é dor que mata a gente
Acredito saber de um bom remédio
Cura a dor da distância cura o tédio
Mas faz algo que fica em nossa mente
O teu beijo minha boca ainda sente
E me fez alcançar a liberdade
Tua boca tem virtualidade
Ao beijar-te pensei em te morder
Eu beijei tua boca sem saber
Que teu beijo tem gosto de saudade

Quando os lábios da gente mal se unem
E o calor de dois corpos se agitam
Duas línguas sedentas precipitam
A união de dois seres que se fundem
Quando longes as mentes se confundem
E o sobejo que resta é só vontade
Todos querem beijar pra eternidade
Mas um beijo faz algo acontecer
Eu beijei tua boca sem saber
Que teu beijo tem gosto de saudade

Renato Santos         

sábado, 27 de novembro de 2010

Mãe

Mamãe foi teu colo,refúgio primeiro
Das primeiras quedas que eu tive na vida
Berço de afeto,a santa guarida
Que ainda hoje deve ter meu cheiro...


Eu que tantas vezes achei paradeiro
No sombra dos anos de paz revestida
Esqueci das guerras em que fui vencida
No calor do abraço do teu corpo inteiro

Foi teu ventre,mamãe primeiro teto
Que me viu repolsar ainda feto
E me fez crescer ao passar dos dias

Voltar hoje,pra lá não há mais jeito
Mas fiz um ventre nos confins do peito
Pra te guardar santa em minhas poesias


Mariana Teles

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

desafio de Geraldo Amâncio com Sebastião da Silva

mulher bonita onde vai
é sujeita a ser cantada

se for forte não diz nada
mas se for fraca ela cai
mulher fraca sempre trai
todo corno é inocente
mas chifre em testa de gente
existe mas ninguém vê
o que o povo quer saber
se responde é com repente

tem dois viados de raça
um é caro outro é barato
um da praça outro do mato
um do mato outro da praça
o do mato a gente caça
o da praça caça a gente
o da praça é diferente
não é mulher mais quer ser
o que o povo quer saber
se responde é com repente

Geraldo Amâncio x Sebastião da Silva

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pra que morar em cidade grande, se a rotina do interior é mais saudável?


Um caótico trânsito indeciso
Um mendigo deitado num chão frio
Tem um clima que mete arrepio
Por o povo não ter tanto juízo
Um assalto a um carro de improviso
Me fizeram pensar num ideal:
Esse meio de vida é mais banal!
Sossegado é meu pedaço de chão.
Eu não troco um pedaço do sertão,
Por quarenta ou cinquenta capital.

Vendo prédios repletos de beleza
Vem em mente uma coisa abominante

Muita mata morrendo a cada instante
Demonstrando um cenário de pobreza
Mas se o homem só pensa na grandeza
Atropela seu nobre genial

Devastando assim o litoral
Aumentando a sua ambição
eu não troco um pedaço do sertão,
Por quarenta ou cinquenta capital.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

saudade


Sua ausência me fez ignorante
Me perdi nos caminhos da saudade
E em meu peito aflijo a lealdade
Na distância da dor de estar distante
Nessa vida inteira tão marcante
Penso em ti dia noite, noite e dia
Me afogo perdido em agonia
minha vida é assim tão abalada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia.

Renato santos




 

sábado, 7 de agosto de 2010

Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro

Texto ganhador da EREM Oliveira Lima


Feito pelo aluno Renato Santos de Melo


O arco-íris da poesia

É comum encontrar em qualquer lugar do mundo, pessoas que ainda vivem como os grandes poetas românticos de antigamente. Assim, existem várias formas desta questão ser provada, tanto na teoria quanto na prática, através de depoimentos, fatos registrados em portfólios e revistas, além de jornais e internet. Quem nunca ouviu falar de uma pessoa apaixonada que disse: "sem teu amor não sou nada" ou então: "sem você não vivo"? Quanto a isso é possível afirmar que estas pessoas são consideradas poetas.
Localizada no sertão do Alto Pajéu, a uma distância de 404 Km da capital Recife, São José do Egito é conhecida como a Capital da Poesia, isso por ter revelado grandes poetas reconhecidos internacionalmente. Um documentário exibido em rede nacional (2008) aponta que em cada 10 poetas nordestinos, 7 deles são ou viveram em São José do Egito. É comum entre os habitantes locais uma diferente forma de cumprimento: "bom dia poeta", "boa tarde poeta", "tudo bem poeta"; sempre acompanhado de poeta. O verdadeiro foco existente nesta tradição centenária, são os festivais de cantoria e as diversas festas locais, nas quais são apresentadas as bandas e os poetas repentistas.
Porém, nos dias atuais, o que era uma festa para expor os valores locais, está perdendo o seu espaço para bandas que estão na mídia. A maior prova disto tudo ocorreu no dia 18 de Julho de 2010, quando o trio e Banda Asas da América realizava um show em uma das festas tradicionais da cidade e a vocalista pediu para que alguém subisse no trio para declamar uma poesia, foi uma negação quando apenas uma pessoa foi declamar o verso que acima de tudo descrevia adoração à bebidas alcoólicas.
Diante de tal situação, penso que o povo da terra da poesia dá maior valor às festas do que a cultura existente. Alguns alunos do 2° ano ''F'' do Ensino Médio da Escola Oliveira Lima, realizaram uma pesquisa com 50 pessoas nos dias 2 e 3 de Agosto de 2010 e 7 em cada 10 entrevistados não sabiam ou não conheciam poesia ou poeta local, 8 dentre 10 preferiam bandas famosas à poetas nas festas. O argumento utilizado na última resposta era de que isso era coisa de gente velha.
A verdadeira essência poética da cidade, é ainda uma atração nacional. Em entrevista , a jovem Delmivânia de Souza Barros filha de um famoso poeta da região, revela: "o que falta para que a poesia seja reconhecida é a interação dos jovens nesse meio" e disse ainda: "meu pai é um grande adorador da poesia e tem contribuído bastante para o desenvolvimento do Quintal da Cantoria -evento realizado na última Quinta-feira de cada mês- que reúne vários poetas, repentistas e adoradores.
O lema na cidade é o seguinte: "quem não é poeta é louco, e quem é louco faz poesia". Contudo vejo que a poesia é como um arco-íris: não é composta apenas por uma simples cor, e sim com a interação de todas as 7 cores trabalhando juntas formando assim o colorido ar de alegria e emoção.

sábado, 17 de julho de 2010

Provável Futuro


Era tão lindo o mundo mas a treva

Converteu-se em ganância mais raivosa,
Uma pequena dor minuciosa
Habitual em seu rancor me leva
Mais aguda é, que a dor que tentou Eva
Dor de tudo, de todos, dor sem nome.
Prelibia a memória que se some
Não é todo espaço das esferas,
Onde o tempo que vem são novas eras
Com desdenho retrata a triste fome.

Soneto da Vida


Como uma vida inteira debruçada
Que não revela nem mágoa nem furor
Em cada beijo relembro o teu amor
De uma lembrança tão antes relembrada

Essa alegria que surge iluminada
Em teu semblante tão manso de louvor
Revela a face perfeita em tua cor
Que em meu peito com brando fez morada

Te dou meu ar, minha vida meu destino.
Acendo à chama e aprendo em teu ensino
Pois já não vivo sem ti, sem tua prece.

Meu coração que paralisado pula
É meu amor que por ti nunca se anula
Por que uma aranha invisível é quem o tece.

Pintura do tempo

Como é vasto o céu das amplidões
Não há sol que consiga iluminar
De que importa chegar a algum lugar?
Surgem vácuos sem ter povoações.
Concentrando-se ao ar hesitações
Anoitece e o luar vem modelado
O vasio do espírito indomável
Conta história de hereditariedade
Um pincel de lembrança é a saudade
De quem vive a imagem do passado.





O
cavalo assassino causa espanto
Vem do sul para o norte em quatro ventos
Refletindo em meros pensamentos
Cantaria eu morto o próprio canto
Retardado em silêncio calo ao pranto
Pela força de ver configurado
Cheira à morte um jardim abandonado
Emudeço sem ter capacidade
Um pincel de lembrança é a saudade
De quem vive a imagem do passado.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Gonzagão

Soneto à Luiz Gonzaga


Foi Gonzaga o pai rei do baião

Asa branca canção tão emblemática

Assum preto poesia sistemática

Asa branca de volta pro sertão


Com Humberto Teixeira campeão

Mula preta também se deu exata

Numa sala reboco canção nata

Junto com Marculino fez canção.


Piauí, Piriri, Quer ir mais eu?

Com Zé Dantas Gonzaga foi plebeu

Ao fazer a famosa Sabiá


Com Riacho o navio fez passagem

Disse Olha pro céu, pra ver miragem

Carolina cheirando a beira mar.


Renato Santos


Luiz Gonzaga, Rei do baião


Das canções desse homem tão famoso

Maioria se faz hoje presente

Sua vida pra muitos foi vivente

De um arcanjo tão belo glorioso

Transformava o feio em formoso

Sendo arte, poesia, rima, glória.

Ficará para sempre na memória

Da nação envolvente do sertão

Foi saudoso foi pai, rei do baião

E seu nome é um marco na história.


Renato Santos


Tem na rosa a essência do amor
A mulher sendo seu recipiente
Nenhum homem não sabe o que ela sente
Quando alguém desrrespeita seu valor
Toda dama é formosa como a flor
E nos dá atenção e alegria
Mas a minha se foi um certo dia
E eu não dei atenção a minha amada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Saudade


Conheci certa noite uma menina
Foi paixão que eu vi no seu olhar
O seus olhos azuis igual ao mar
Encontrei ao seu lado minha sina
Tempo passa e a gente só ensina
Que amor se deriva de alegria
Foi-se embora a mulher que eu mais queria
E eu olhando
não pude fazer nada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia

Muito triste é viver sem união
Sem carinho, amor e sem abraço
Pois vivemos nós dois um forte laço
De amor, de romance e de paixão.
Acabou-se porém à relação
E a distancia se fez de dinastia
Não deu tempo eu voltar já te perdia
E a tristeza a mim foi condenada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia

segunda-feira, 7 de junho de 2010

quem disse os pequenos são pedaço?



Pode ter a coragem do elefante

Dando aula ao humano asqueroso

Diferente do homem preguiçoso

Dedicada à formiga é declarante

Tão pequena, mas torna-se gigante.

Tem a força e coragem do leão

Tal bravura se faz de inspiração

Talvez queira nos dar uma mensagem

Se até os pequenos tem coragem

Por que não receber sua lição?

Com o néctar vindo de uma flor

A abelha o transforma e faz o mel

Como pode um inseto ter no céu

Tal noção de complexo louvor

Faz enxames e adoça esse sabor

Demonstrando saber compreensão

É exemplo maior de união

Pra viver só dependem da viajem

Se até os pequenos tem coragem

Por que não receber sua lição?

Renato Santos


Ciúme

É como a foice da morte
Cortando a alma do amor
Trás desconfiança e dor
Sendo um sentimento forte

Quando chega acaba a sorte
Deixando apenas pavor
Matando qualquer valor
É uma faca sem corte

Palavra que tudo faz
Mata sonhos geniais
Acaba qualquer paixão

É coisa ruim é maldade
Parceira da vaidade
Destrói qualquer coração


Renato Santos
1ª Dívida

Numa sexta chegando eu meu leito
Uma mera lembrança fez retrato

O primeiro ciúme foi relato

De uma conta aberta em meu peito


Uma dívida feita de tal jeito

Sem temer sentimento tão barato

Não há ouro que finde esse contrato

Ou retire de mim tal preconceito


Dia quatro de Junho foi a noite

Um chicote em meu corpo fez açoite

Me deixando aberta uma ferida


Minha vida não tem nenhum valor

Se arrancarem de mim o nosso amor

Eu prefiro perder a minha vida.


Renato Santos

segunda-feira, 17 de maio de 2010

o verbo amar no passado

Eu amava alguém que não me amou

Eu amei hoje sinto amargura

Quando amava, amava com ternura.

Mas aquela que amei nunca me amou


Do meu beijo afago soluçou

Esfriou meu calor minha quintura

A amava por sua formosura

A menina que amei me esitou.


Nos meus sonhos minha boca tu beijaste

Eu pergunto por que não me amaste?

Será que teu amor eu não mereço?


Só sentistes por mim desilusão

Magoastes meu pobre coração

E diante de ti hoje eu pereço!

Renato Santos

Tempo

Cada dia mais velho vou ficando

Na presença do tempo eu não nada

Sou apenas uma pedra na estrada

No caminho da vida contemplando


Todos erros olhando e consertando

Inspirado na noite enluarada

Que se some no fim da madrugada

Pra tristeza de quem ta namorando


É um fato a velhice maltratar

Mas alegre daquele que chegar

Nesse ciclo da vida com saúde


Pois maltrata no peito o coração

Se perdendo na imaginação

Nesse estágio a saudade nos ilude.


Renato Santos

Dediquei-me pra ti de corpo e alma

Foi em vão, pois você não mais me amou.

Mas aquela que amei já me deixou

Foi embora perdeu por mim sua calma

Abusei e abusando quem me salva?

Da tortura de viver infeliz

Hoje sinto me um mero aprendiz

Vou voltar a viver de boemia

Eu deixei de amar quem me queria

Pra sofrer por alguém que não me quis



Desde a tua partida eu não sou nada

Vivo apenas na luz do rastro teu

Hoje não tenho a luz dos olhos meu

Cada um ficou sego e sem estada

Na morada do lar da minha amada

Eu com ela sou homem tão feliz

Eu sem ela sou pó em chão de giz

Isso antes de tudo eu não sabia

Eu deixei de amar quem me queria

Pra sofrer por alguém que não me quis

Mote de welton melo

Poesia de Renato Santos

domingo, 16 de maio de 2010

pra que planos?


Muito triste é olhar para o passado

Amargando na mente o sentimento

Ter deixado pra traz um sofrimento

Morrer muito ligeiro abandonado


Nesse mundo pra sempre ta marcado

Como a brisa do mar talvez do vento

Vem marcado na mente o pensamento

Todo fato na vida constatado


Na figura do tempo abominante

Comparar a formiga ao elefante

É tentar que se ganha em se perder


É plantar sentimento imaturo

Não marcar nenhum plano pro futuro

Que o futuro tem planos pra você

Renato Santos

Acróstico




S
ou da terra onde nasce o repente

A cidade por Deus abençoada

Onde tem um poeta em cada estrada

Jorra aqui a poesia do nascente

Onde o povo é feliz e bem contente

São José no primeiro centenário

É humilde perfeita e bem completa

Do Brasil é o berço do poeta

Ou melhor, desse mundo é o cenário.

Em Brasília de pé pos o plenário

Grandiosa e amiga da nação

Importante pernambucano eu sou

Trago a glória da terra que aprovou

O melhor cantador da região.


Renato Santos

Buscando a paz do amor

Hoje eu sofro um enorme imenso drama

Responsável por ter me apaixonado

Hoje eu quero viver só ao teu lado

Eu suplico rogando a minha dama


Relembrando loucuras em minha cama

Foram muitas às vezes no passado

Que se foste eu ficando abandonado

Neste mundo sou eu quem mais te ama


Foi um erro nossa separação

Carregastes de mim meu coração

O jogastes no lixo do tormento?


Apressado por ti faço partida

Te verei nem que seja em outra vida

Se eu morrer levarei seu pensamento

Renato Santos