terça-feira, 18 de outubro de 2016

PUERÍCIA




Visitei o recanto da memória
Que permite lembrar da nossa vida
Vi a rua da infância tão querida
Colorir um passado em minha história


Pude ver minha alma dividida
Na lição que não fiz, na palmatória...
E a criança que fui cheia de glória
A andar com a cabeça sempre erguida.


Ah! Que tempos tão belos, tão saudosos.
Dos amigos fiéis e fabulosos
Que a saudade guardou como lembrança


O presente de adulto é complicado
E até hoje eu me vejo no passado
Porque nunca deixei de ser criança.


Renato Santos


Ao notar que encontrei outra mulher

Quando eu superar sua partida
E tentar esquecer as fantasias
Quando enfim te excluir das poesias
Ejetando você da minha vida
Vou tentar pôr remédio na ferida
Me encontrar noutros braços com mister
Aceitar o que a vida me trouxer
E se acaso te ver ali do lado
Você vai ter seu sangue congelado
Ao notar que encontrei outra mulher


"Vivo triste, sozinho, abandonado Numa casa feliz com tanta gente".

Um rabisco de um verso a terminar
Numa xícara um café pela metade
E o desenho completo da saudade
Estampando a visão do meu olhar
O melhor disso tudo é escutar
No meu rádio -esse amigo confidente
Uma moda que deixa mais carente,
A canção dOs Nonatos: "Feito Errado".
"Vivo triste, sozinho, abandonado
Numa casa feliz com tanta gente".

 
Renato Santos
Mote de Laires Fernandes

"Se recito o que faço é por que amo Ser mais um aliado a poesia".

Na mais doce e suave inspiração
Vou pegando carona a qualquer custo
Que o poema de fato pra ser justo
Tem que vir dos umbrais do coração
Quando sinto os sintomas da paixão
Me liberto da cela da agonia
E os poemas são cartas de alforria
Libertando as paixões por quem declamo
"Se recito o que faço é por que amo
Ser mais um aliado a poesia".


domingo, 16 de outubro de 2016

DUAS LUAS


(Fotografia retirada do "google imagens")
Vi a lua no céu fazendo drama E na cama do quarto a mesma cena Outra lua deitada em minha cama Com a pureza do corpo em cor morena De repente ouço algo, ela me chama Emudeço ao notar tão linda cena A beleza do astro se derrama Sobre as curvas do corpo de Helena. Eu te deixo um convite pra voltar Que a saudade é difícil controlar Quando a gente se acha nas poesias Se a resposta for não ao meu convite A janela entreaberta me permite Te encontrar novamente em trinta dias Renato Santos

domingo, 25 de setembro de 2016

O que posso fazer pra te ganhar Sem perder a amizade que fizemos?

Como posso viver sem ver teu riso
Se teu riso me faz sorrir também
Como posso pensar em outro alguém
Se pensar em você é mais preciso?
O que faço pra ver o meu sorriso
Junto ao teu demonstrando que aprendemos
A sorrir mesmo quando nós perdemos
As vontades na vida de sonhar
E o que posso fazer pra te ganhar
Sem perder a amizade que fizemos?

SOB MEDIDA


Desde a vez que eu a vi num belo dia
Eu confesso! Meu peito te procura
Na essência de sua formosura 
Transformei cada linha de poesia

Seu vestido colado a denuncia
Dá pra ver pelo jeito da cintura
Cada curva é uma estrada de ternura
E o seu corpo é reduto de magia

Seu olhar é a luz do universo
O seu corpo o motivo desse verso
Seu sorriso o encanto e a sedução

Quero muito provar teus beijos calmos
E medir o seu corpo com meus palmos
Pra dizer quanto mede a perfeição.

domingo, 4 de setembro de 2016

As ofensas do Face em indireta
Com certeza bem antes de atingir-me
Te farão desgostosa à oprimir-me,
- É que antes de tudo eu sou poeta!
Sua raiva querida não me afeta.
E as postagens constantes de opressão
São sintomas de falta de paixão
E eu não quero de volta quem magoa,
Decidi ir atrás de outra pessoa
Pois cansei de viver só de ilusão.

Eu sem ter sua boca pra beijar
Sinto o gosto cruel de uma lembrança
Vou perdendo o prazer e a esperança
Sem poder novamente te abraçar
Muito longe de teu divino olhar
O meu mundo entristece e perde a cor
Minha vida é lamento e dissabor
E o meu peito reclama sem melhora
Sem te ter tenho infartos de hora em hora
Que o problema que eu sinto é mal de amor
Eu aceito que tenhas seus queixumes
Que não goste de mim nem um pouquinho
Mas não vou mendigar nenhum carinho.
Dessa forma, é melhor que te acostumes.
Me cansei das intrigas e ciúmes
Se quiser o seu ódio em mim desabe
Implorar o perdão a mim não cabe
Que eu não quero querer quem não me quer
De mim podes pensar o que quiser
Só não saia falando o que não sabe

UMA TARDE CHUVOSA DE DOMINGO


Quero a glória de ter minha família
Junto a mim em meu lar em meio aos risos
Quero a paz de Jesus sendo a vigília
Que traz calma pros peitos indecisos

Peço a Deus que me guarde e me proteja
E me faça ter fé cada vez mais
Que a bíblia ao meu lado sempre esteja
Me guiando aos caminhos mais reais

Quero orar a Jesus pelos perdidos
E por fim, estendendo os meus pedidos
Que essa glória me encha pingo a pingo

Obrigado Senhor eu te agradeço
Por ter tanto e saber que nem mereço
Uma tarde chuvosa de domingo.

Eu vivia um amor puro e sincero
Mas vivi em lugares de pecado
E eu guardei muita coisa do passado
Decidindo recomeçar do zero
Ela disse-me o sim, amor eu quero
Me unir a você, ter ideais
Mas o tempo me expôs cedo demais
E ao saber meu passado de tristeza
Só deixou um anel sobre uma mesa
Deu adeus e se foi, não voltou mais.
Queira o bem de quem quis ver o seu mal
Dê abraços em que lhe fez de bobo
Sê ovelha e pregai o bem ao lobo
E a quem só te foi ruim sê mais legal
É preciso de alguém especial
Que ofereça outra face e diga "crê
Que o mal só traz mal", sabe porquê?
Só podemos colher o que plantar.
Tente ser para alguém que precisar
Tudo o quanto não foram pra você

Mote: "Se te pego eu te mato de desejo Mas também corro o risco de morrer"

Ouvi Zé Adalberto a declamar
E a voz do meu peito gritou rouca
"Minha boca passou por sua boca
Mas passou com vontade de ficar"
Quando eu vi a morena a me olhar
O destino me fez compreender
E igualmente Zé disse eu vou dizer
Pois te ver ao meu lado é o meu ensejo
"Se te pego eu te mato de desejo
Mas também corro o risco de morrer".

SORTE QUE NÃO ERA AMOR


Acordei me sentindo diferente
E no meu braço esquerdo uma dormência
E apesar de minha pouca experiência
Pressenti algum mal na minha frente.

O meu peito pulsava fortemente
Suor frio, palidez, ar em carência
Muitas náuseas, cansaço, abstinência.
Veio a dor, desmaiei. Inconsequente!

O doutor diz pra mim que sou cardíaco
E esse meu coração hipocondríaco
Depois disso ganhou bem mais valor

Eis que acordo depois da quase morte
Eu suspiro e agradeço a minha sorte
Foi somente um infarto, e não amor.

Outro dia eu curti algum soneto
Que fizeste, tão belo e tão sublime.
Mas me vi cometendo um grande crime
Só por causa de orgulho obsoleto.
Vi no seu penteado em meio ao preto
Alguns fios trançados noutra cor
Um dourado lembrando do valor
De um passado entre nós já esquecido
"Eu lamento na vida não ter sido
A primeira ilusão do teu amor"

É um fato que nós nos afastamos
E eu lamento demais que seja assim
Mas não quero que lembres mais de mim
Para não recordar que nos amamos
Nosso tempo foi pouco, mas passamos
Por minutos repletos de ilusão
Eu querendo te dar minha paixão
Mas você só provou ser boa atriz
Aprendi que jamais será feliz
Quem fizer o que manda o coração

Hoje em dia eu nem ganho seu bom dia
Você passa por mim nem sequer fala
Mas se pensa meu bem que assim me abala
Não me ocupo com mera hipocrisia.
Já não curte ou comenta uma poesia
E no meu Facebook é figurante
Para não parecer deselegante
Não te excluo e você não me bloqueia
E apesar de fingir que não me odeia
Não és mais nem amiga e nem amante.

Julho de 2011

Você é um autor independente
Seja dono de si, lute e avance
Não fraqueje, não tema, vá, não canse...
Que eu aposto em você peito valente
Não inveje outro alguém, mas certamente
Se inspire no bom pra fazer bem.
E se acaso pensar muito em alguém
Pare e veja se vale mesmo a pena
Que é doído demais rever a cena
De um peito vazio e sem ninguém

MULTI-VERSO


No altar sideral dos beijos dela
O solar de seu corpo me sistema
E na galáxia dos versos de um poema
Só há vida se a vida for com ela.

No imenso infinito o olhar estrela
Toda a força que tem seu teorema
Ao seu lado eu não vejo um só problema
Moça pura, elegante, meiga e bela.

No reflexo cadente de um sorriso
Tem poder de levar ao paraíso
Pois seu brilho é maior que a própria lua

Três aspectos em ti fazem meu verso:
Minha vida, meu sol, meu universo
Se eu morrer por amor a culpa é sua

Processo do amor

APRENDI DESGOSTAR DE QUEM GOSTEI
ESQUECER NÃO É BOM MAS FOI PRECISO
QUE É DIFÍCIL DEMAIS VER SEU SORRISO
SEM PODER IR BEIJAR QUEM JÁ BEIJEI
NÃO PRECISO INFRINGIR NENHUMA LEI
PARA ENFIM ARQUIVAR NOSSA PAIXÃO
QUE O AMOR QUANDO PARTE O CORAÇÃO
NÃO SE PODE INSISTIR NO AMOR PARTIDO
E O PROCESSO DO AMOR QUANDO É VENCIDO
NÃO HÁ BRECHAS NA LEI PRA APELAÇÃO

É SÓ DELA ESSE PEITO DE POETA

O meu peito palpita de emoção
Quando a vejo curtir minhas postagens
O meu sonho é ter ela entre as imagens
Sendo a dona da minha inspiração.
Apesar de ser meu, meu coração
É mais dela, pois ela me completa
Um anel em seu dedo é minha meta
Seu sorriso compõe meus universos
Todas tem um pedaço dos meus versos
Mas é dela esse peito de poeta.

Beijo a face dos versos delirantes
Acenando aos desejos mais vibrantes
Me entregando aos caprichos de um passado
Nem a morte põe fim em quem amar
Sempre fica um soneto pra provar
Quanto é grande um poeta apaixonado.


Renato Santos

SONETO DE SENSUALIDADE


Me debruço nos braços de uma rima
Percorrendo o seu corpo em minha meta
Muitas vezes por baixo, outras por cima
Procurando sua porta mais secreta.

Eis que surge o prazer e aumenta o clima
Os sussurros na mente se projeta,
E o prazer pouco a pouco se aproxima
Nos mais férteis desejos de um poeta.

O desejo conduz à sedução
Com seu corpo entre os dedos de minha mão
E o calor no esplendor das digitais

Quando atinjo o seu ponto crucial,
Chega o clímax e o ponto principal:
O soneto acabou, não digo mais.

Veja só que ironia grandiosa
Se te abraço em teus braços me inflamo
E esse amor que me enche em ti derramo
Encharcando tua pele glamorosa.
Tua boca macia e tão sedosa,
Enlouqueço de tanta ansiedade
Tanta guerra no mundo, por piedade
Só compare, e avalie os teus regaços.
Homens-bomba explodindo em mil pedaços
E o meu peito explodindo de saudade.




Sou o mais talentoso arquiteto
Em matéria de amar e querer bem
Sou poeta e amante de quem tem
O sorriso e olhar puro e discreto
Sou apenas mais um que tem projeto
De poder cortejar sua paixão
Que um poeta só ganha inspiração
Quando tem uma amada do seu lado
O meu sonho é ficar qualificado 
Pra ganhar o Nobel de tua mão


Renato Santos

o poeta também tem coração

Por favor me escute alguns momentos
Que eu preciso pedir alguns favores
Se um dia deixar-me em meio às dores
Que devolvas pra mim meus sentimentos
Não me guarde rancores nem lamentos
Que me oferte 1% de perdão
Mas se fores me dar humilhação
Cada um só transmite o que se tem
E antes de me deixar se lembre bem
Que o poeta também tem coração

Mote: "Ainda guardo as suas digitais Que ficaram aqui no meu lençol".

No meu quarto o seu cheiro perpetua
Minha cama ainda guarda o seu calor
E os meus lábios recordam do sabor
Da leveza que tem tua pele nua
No cabide do canto continua
Pendurado o seu lindo cachecol
E um brinco em formato de um bemol
Que ficou pra você voltar atrás
"Ainda guardo as suas digitais
Que ficaram aqui no meu lençol".

Um verso no mês de agosto

Nosso amor que foi puro e verdadeiro
Hoje em dia não tem o mesmo tato
Tu passaste a ser só mais um contato
Da agenda esquecida de um ficheiro.
Já não faço questão de ser primeiro
A poder te ofertar um parabéns
Pois o tempo cruel nos fez reféns
Quem se cansa algum dia enfim esquece
E você pode ter tudo, mas parece
Que o amor que eu te dava já não tens

Renato Santos,
João Pessoa, 02/08/16

terça-feira, 21 de junho de 2016

LUTO NA VILA





LUTO NA VILA

Vi a praça perder sua alegria
Quando o grande Ramón ao céu partiu (1)
E Angeline Fernándes o seguiu (2)
Aos jardins da eterna moradia.

Evitando a fadiga Raúl viu (3)
Sua terra lembrar seu último dia
E Horácio ao partir também sorriu (4)
Pois deixaram um legado de poesia.

Eis que o astro maior, nosso Roberto (5)
Foi dizer "sem querer querendo" perto
Dos amigos distintos, tão iguais...

E Florinda na porta enxuga o rosto
E o café esfriando perde o gosto
Pois o “Mestre Linguiça” não vem mais! (6)


(1) Ramón Valdés, o Seu Madruga
(2) Angelines Fernández, a Dona Clotilde
(3) Raúl Padilla, o Jaiminho
(4) Horacio Gómez Bolaños, o Godínez
(5) Roberto Gomez Bolaños, o Chaves
(6) Rubén Aguirre, o Professor Girafales

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Mote "As mulheres que não tem coração Prestam grande serviço à poesia".

Não me venha pedir que eu fique quieto.
Cale a boca, se entupa e fique quieta
Que é difícil demais ver um poeta
Ser tratado igualmente um objeto.
O que sinto não há no alfabeto
Se eu fosse escrever quem ler morria
E você em mil anos não leria
Pois eu posso afirmar que em minha mão
"As mulheres que não tem coração
Prestam grande serviço à poesia".


Se eu perder os motivos de rimar Perco junto a emoção de ser poeta.

Quando os versos faltarem na memória
Vou tomar um bom gole de improviso
Entoar a cantiga de um sorriso
E criar de sonetos minha história
Se eu perder os meus versos perco a glória
Que a vida me deu e sigo a reta
Eu sem versos não sou mais um profeta
Que improvisa os galopes que sonhar
Se eu perder os motivos de rimar
Perco junto a emoção de ser poeta.


Mote "É que o mundo e o amor dá tantas voltas Que quem riu poderá chorar também"

Eu não sei se eu já disse alguma vez,
Mas lamento pensar que houve o fim.
Meu colchão Ortobom sem ela é ruim
Mas é muito pior ser só seu ex
O vazio sem ela que se fez
Não desejo jamais para outro alguém
E apesar de entender que sou refém
Aprendi controlar minhas revoltas
"É que o mundo e o amor dá tantas voltas
Que quem riu poderá chorar também"


Renato Santos
Mote Vinícius Gregório
Não critique pensando que ajuda
Se sua boca não tem sabor de mel
Quando a língua que fala é mais cruel
A palavra machuca e a gente muda.
Mas a fé vem de Deus e eu tenho fé
E quem julga pensando que já é
Guarde a língua e observe o seu falar
Para não lamentar erros falados
Quando Cristo pesar os seus pecados
Vai ter peso demais para pesar 


Renato Santos

Mote "Bem pior que dar chance a quem pediu É saber que já teve e jogou fora"

A quem dei outra chance e me iludiu
Desprezou o meu peito que era seu
Mas pior que cuspir onde comeu
É voltar a comer onde cuspiu
Eu falhei em te amar, você mentiu
Dispensou meu amor. Mandou-me embora
Quando eu tento ligar me ignora
Se esquecendo do peito onde dormiu
"Bem pior que dar chance a quem pediu
É saber que já teve e jogou fora"


Renato Santos
Mote Dayane Rocha

dia da saudade

Hoje é trinta do mês, fim de janeiro
Mas sem fim é a saudade que me toma
Vejo a hora o meu peito entrar em coma
Por lembrar de alguém o tempo inteiro
Vou vivendo sem rumo e paradeiro
Me perdendo nas curvas da poesia
Sem poder ter de volta a companhia
Que ao partir carregou minha liberdade
Como pode ter dia pra saudade
Quando eu sinto saudade todo dia?


Renato Santos

Eu tenho a poesia em minha vida

Vendo a lua eu senti estar sozinho
Nesse mundo distante de meu mundo
Que o amor mais sincero e mais profundo
Só achei numa flor cheia de espinho
Apesar de lhe dar o meu carinho
Sempre vi sua essência dividida
Pois o cheiro daquela margarida
Provocou minha infelicidade
Só não morro de amor ou de saudade
Porque tenho a poesia em minha vida


Renato Santos

Tem muita gente sorrindo Com o coração machucado

O carnaval já passou
Deixando muitos ranzinzas
E a quarta-feira de cinzas
À meia noite acabou.
O ano enfim começou
Pra quem é despreocupado
Mas tem muito homem calado
E muita mulher se iludindo
Tem muita gente sorrindo
Com o coração machucado


Renato Santos

SEXTILHA EM GALOPE

A lua de prata foi nossa aliança
E o céu foi o palco das nossas ternuras
As ruas de pedras foram passarelas
E algumas esquinas motel de loucuras
E as constelações foram testemunhas
Dos 'sins' meus e seus repletos de juras


Provei em seus lábios milhões de doçuras
Beijos coloridos de amor e carinhos
Carícias trocadas no meio da rua
Porém tão intensas qual fossem nos ninhos
Que só dois amantes verdadeiros loucos
Fariam pensando estarem sozinhos


Sem temer perigos igual passarinhos
Que vivem na mira do vil caçador
Entramos na mira do peito um do outro
Acertando em cheio as artérias do amor
E o sangue jorrando nos corpos suados
Foi devido aos lances de ardente calor


No fim seu perfume igual a uma flor
Ficou em meu corpo feito tatuagem
Abri minha mente senti teu aroma
Fechei os meus olhos e vi tua imagem
Depois me afoguei no teu corpo insano
Imenso oceano, perfeita paisagem.


E nesse delírio notei de passagem
Teu corpo sumindo em meus devaneios
Sem sentir teu cheiro, sem ver teu sorriso
Sem sentir o toque macio dos teus seios
Em um turbilhão de angústias e trevas
Acordei frustrado sentindo aperreios


Tentando dormir de todos os meios
Querendo te ver outra vez na vida
Eu fechei meus olhos, em vão, foi perdido.
Senti o desgosto tal como a ferida
Que antes de sarar magoa de novo
E a minha esperança mostrou-se perdida.


Renato Santos

Não lhe quero como amiga

Pode dar a desculpa que quiser
Mas não tente enganar por vaidade
Me cansei desse papo de amizade
Admita de vez que não me quer
Me desculpe te ver como mulher
Mas te ver como amigo me intriga
E é melhor até mesmo evitar briga
Que denigrem demais e nos consomem
Mas se tu não me quer como teu homem
Eu também não lhe quero como amiga


Se possível, devolva o meu sorriso Que eu preciso sorrir para viver

Vou te dar todos meus cartões de crédito
Minha casa, meu carro e minha moto
Se aposse do controle remoto
E até use meu nome como débito
Vou fazer pra você um feito inédito
E te dar aos meus bens todo poder
Meu cachorro e cavalo de correr
Serão seus se me der o que preciso
Se possível, devolva o meu sorriso
Que eu preciso sorrir para viver


O assunto era saudade E eu só falei de você

Encontrei com meu passado
Na rua da solidão
E abrindo meu coração
Caminhamos, lado a lado.
Eu demonstrei meus problemas
E mostrei os meus poemas
Que fiz sem saber porque
Mas vi a realidade
O assunto era saudade
E eu só falei de você


Renato Santos

mote: QUEM ME QUER, SÓ PROVOCA QUEM ME TEM. E QUEM ME TEM, FAZ INVEJA A QUEM ME QUER.

Eu não posso ceder a tentação
De ter outra mulher na minha cama
Que os desejos sinceros de quem ama
Não se acabam em cima de um colchão
Quem me tem e possui meu coração
Antes mesmo de ser minha mulher
Já falava pra mim: "quando eu puder
Vou fazer muita inveja para alguém"
QUEM ME QUER, SÓ PROVOCA QUEM ME TEM.
E QUEM ME TEM, FAZ INVEJA A QUEM ME QUER.


Renato Santos
Mote de Jayres Fernandes

Sem cura

A caneta, um papel e uma janela
Céu nublado, chuvisco e tempo ameno
Uma gota perdida de sereno
Encontrando uma face, e o choro nela.
A lembrança de alguém e o cheiro dela
O perfume de rosas magistrais
E o papel com rasuras surreais
Ponteando as feridas de outros peitos
Pode ser que até sare esses defeitos
Mas o meu não tem cura nunca mais.


Renato Santos
Noite fria, silêncio e café quente
As batidas do peito em passos calmos
Minha Bíblia do lado aberta em Salmos
E a certeza da dúvida em mim presente
Os pedidos fiéis de um peito crente
E o desenho da mão sobre outra mão
Os meus olhos fechados em oração
Me dão todo acesso ao criador
Pois a porta que leva ao salvador
É botar os joelhos sobre o chão


Renato Santos

Vou pedir pra meu peito tirar férias E a paixão viajar pra nunca mais

Tranque a porta do quarto e me esqueça
Dê distância de mim nesse recinto
Se afogue bebendo vinho tinto
Mas não dê para mim dor de cabeça
Vou pedir que você não me aborreça
Ir embora e deixar tudo pra trás
Eu cansei de seus surtos surreais
E só vou me importar com coisas sérias
Vou pedir pra meu peito tirar férias
E a paixão viajar pra nunca mais


Renato Santos

De que vale ganhar qualquer milhão Sem ganhar Jesus Cristo em meu viver?

De que vale eu ganhar o mundo inteiro
Se eu perder minha alma por completa
De que vale na vida eu ser poeta
Sem viver um propósito verdadeiro
De que vale obter todo dinheiro
Se ao ganhar isso tudo irei perder
De que vale lutar até morrer
Se não for ter a paz da salvação
E de que vale ganhar qualquer milhão
Sem ganhar Jesus Cristo em meu viver?


Renato Santos

E se tudo que resta for saudade Sou feliz por saber que lembro dela.

Já não sei se é saudade ou ilusão
Sei que dói em meu peito igual ferida
Não tem como tirar da minha vida
Quem insiste em ficar no coração
Na certeza da dúvida desde então
Percebi que não sei viver sem ela
E passo horas e horas na janela
Esperando rever quem me invade
E se tudo que resta for saudade
Sou feliz por saber que lembro dela.


Renato Santos

Se preparem, que Cristo está voltando

Quando a última trombeta ressoar
E os metais e papéis nada valerem
Quando todas as almas perceberem
Que dinheiro nenhum pode salvar
A verdade cruel vai abalar
Vai ter gente demais se lamentando
Mas quem tem a Jesus no seu comando
Há de ver sobre si uma grande luz
Cada um vai levar a própria cruz
Se preparem, que Cristo está voltando


Renato Santos

Se não sou a razão de seu sorriso Eu não quero razões para sorrir

De que vale esse cheiro de paixão
Sem a flor que perfuma o meu viver
Se nem posso cheirar ou mesmo ter
Essa flor que ganhou meu coração
Sem sonhar o que resta é ilusão
E assim é impossível prosseguir
Não se acha o conforto pra dormir
Quando a mente não tem o que é preciso
Se não sou a razão de seu sorriso
Eu não quero razões para sorrir


Renato Santos

Pra mulher que quiser meu coração

Sem gozar de um pingo de poesia
Minha vida entristece e eu perco tudo
Cabisbaixo, tristonho e quase mudo
Procurando um punhado de alegria
Esse mal que escurece a fantasia
É a falta cruel da inspiração
Nunca mais quis saber de uma paixão
E por isso o meu verso está sem curso
Vou abrir seleção para concurso
Pra mulher que quiser meu coração


Renato Santos

À mulher que roubou meu coração

Ela tem um sorriso angelical
Face bela, olhar meigo e pele clara
O meu peito por ela só dispara
Por saber que ela é especial
Sua voz sempre eleva o meu astral
O seu corpo traduz um violão
Ela tem meu acesso em sua mão
Mas sem ter sua mão e seu acesso
Deus querendo amanhã eu me confesso
Pra mulher que roubou meu coração


Renato Santos

UM SONETO AO DIA DA MULHER

PRESENTE

Te ofereço esse verso e meu carinho
Celebrando este dia eu te dou graças
Já que além deste verso e duas taças
Eu te trouxe meu anjo o melhor vinho.


Quanto as flores mais lindas não vou dar
As deixei no lugar que estão plantadas
Pra que possa enfeitar as madrugadas
E tu possa encontrá-las e as cheirar 


Eu não trouxe também os chocolates
Nem te trago o anel vinte quilates
Pois você vale mais que um milhão


Calma amor, o que eu trouxe é o que tu quer
Muitas graças pra ti linda mulher
Parabéns, eu te dou meu coração.


Renato Santos

SONETO "NINGUÉM SE CURA MACHUCANDO O OUTRO"

"NINGUÉM SE CURA MACHUCANDO O OUTRO"

Na quietude dos meus desenganos
Assisto a cenas tristes e secretas
Que só o peito forte dos poetas
Suporta ter sem aumentar os danos


São muitas noites matando os meus planos
São poucos dias pra buscar as metas
No peito um alvo para as indiretas
Dos teus caprichos que me tiram anos


Ninguém se acha se perdendo atoa
Não há troféu nenhum pra quem magoa
Nem há vitória sem derrota doutro


Nem se conquista a paz fazendo guerra
Não há acertos quando o peito erra
"Ninguém se cura machucando o outro".


Renato Santos

"Tem um resto de amor mal resolvido Perturbando meu sono a noite inteira"

Sinto o peito batendo acelerado
Pois viver sem amor não há quem possa
Bem do lado da cama que era nossa
Tem o cheiro de amor bem perfumado
E a essência gostosa do pecado
Continuo a sentir na nossa esteira
E a saudade maltrata quem não cheira
Um cangote, pertinho do ouvido
"Tem um resto de amor mal resolvido
Perturbando meu sono a noite inteira"


Renato Santos

Um botão e nada mais

De herança o botão da blusa dela
Que tirei com mordidas delicadas
Eu guardei pra lembrar noites passadas
E depois do amor não dei pra ela
Era a lua entrando na janela
E os meus lábios nos dela tão iguais
O seu corpo nas minhas digitais
E hoje em dia a lembrança é o que me invade
Só restou um passado, uma saudade,
Um botão, uma história e nada mais!


 Renato Santos

A quem dei minha vida com razão Sem razão foi embora de minha vida

Quando ela partiu dizendo adeus
Minha voz ficou presa na garganta
Que é difícil demais ver quem lhe encanta
Destruir o teu peito e os sonhos teus
Os meus olhos de dor olhando os seus
Quis chorar no momento da partida
Com a alma completa entristecida
Vi os cacos de dor no coração
A quem dei minha vida com razão
Sem razão foi embora de minha vida


Renato Santos

Não é toda paixão pela metade Que é a cara metade da pessoa

Não é toda mulher que o peito aceita
Nem é toda paixão que o peito quer
E se for para ser um amor qualquer
O orgulho é o primeiro que rejeita
Quando a vida da gente não se ajeita
Fica o peito a vagar, mas sempre atoa
Um amor clandestino nos magoa
E eu não quero um amor por caridade
Não é toda paixão pela metade
Que é a cara metade da pessoa 


Renato Santos

Entre quatro paredes vale tudo

Os vestígios da noite que passamos
Ainda estão no meu corpo e no colchão
Restam restos de orgasmos pelo chão
Testemunha do amor que edificamos
A certeza é só uma: nos amamos
Com vigor com quentura e conteúdo
Hora haviam gemidos, hora mudo
E o cenário final é quem comprova
Que o amor que tivemos foi a prova
Que entre quatro paredes vale tudo


Renato Santos

"Não se dá a ninguém um coração Nem se pede um amor a quem não tem"

Passei tempo demais me iludindo
Cortejando um amor sem resultado
Eu carente, perdido e apaixonado
Ela alegre, eu chorando, ela sorrindo.
Investi de verdade e ela fingindo
Me tornou de seu ego outro refém
Não há mal que não venha para o bem
Aprendi com a vida esta lição
"Não se dá a ninguém um coração
Nem se pede um amor a quem não tem"


Renato Santos
Mote Izabela Ferreira

SONETO SEM DATA

SEM DATA

Não dou data a poesia (por essência)
Nem critico quem data a sua obra
Meço o verso que faço -sem dar sobra,
Pra defeito nenhum ganhar ciência.


Agradeço ao senhor da onipotência
Que aumenta o saber que tenho em dobra
Ser poeta é entender que o verso cobra
Compromisso, empenho e diligência.

Não! Não sou de datar a poesia.
Acredito que tudo que se cria
Se for bom, deixa um rastro de saudade

Se o poeta e seu verso tiver sorte
Vai viver, certamente, após a morte
E 'sem data' ficar pra eternidade.

Renato Santos

SONETO INCONSTANTE

INCONSTANTE

Já sorri quanto o pranto quis descer
E chorei pra expressar o meu sorriso
Eu já tive certeza sem saber
Que da dúvida se faz o que é preciso


Eu já tive mania de poder
Sem poder já fiquei muito indeciso
Muitas vezes já quis até morrer
Pra viver outra vida ao paraíso


Nessa minha inconstante indecisão
Procurei encontrar a solução
E no fim encontrei minha fraqueza


Eu confesso o meu crime sem lamentos
Já matei um milhão de sentimentos
Mas foi tudo em legítima defesa 


Renato Santos

A poesia que tem no corpo dela.

Duas taças em cima de uma mesa
Mas só uma manchada de batom
Sobre o chão um colchão da Ortobom
E uma dama repleta de beleza.
Um cortiço com a vela ainda acesa
Realçando a mulher cor de canela,
Até penso que Deus quando fez ela
Ao deixá-la pra mim sentiu saudade
Que o poeta que eu sou não faz metade
Da poesia que tem no corpo dela.


Não coloquem meu peito pra transplante

Quando a luz dos meus olhos se apagar
Me levando aos altares do divino
Quando a marca cruel do meu destino
Resolver desse mundo me tirar
Os meus órgãos imploro pra doar
Para quem precisar, seja onde for
Como o gesto mais puro de amor
Se eu morrer doem tudo nesse instante.
Mas não botem meu peito pra transplante
Pra ninguém padecer com minha dor


Renato Santos

Se não for pra chamar de meu amor Pra chamar de amiga eu não aceito.

Eu que sempre jurei-te ser sincero
Fiz promessas de amor e de paixão,
Meu amor não tocou teu coração
E sem tocá-lo eu voltei à estaca zero.
Te querer em minha vida é o que mais quero
Pois você é a dona de meu peito
De que vale eu tentar fazer Direito,
Se não tenho direito a teu calor
Se não for pra chamar de meu amor
Pra chamar de amiga eu não aceito.


"Nos rabiscos do corpo de um papel Deixo a alma da minha inspiração"

Soletrando os momentos de euforia
Dando vida aos verbetes dos poemas
Afogando sem mágoa os meus problemas
Eu mergulho no mar da poesia.
Debruçado na praia da harmonia
Dando vida aos momentos de emoção,
Só escrevo o que vem do coração
E descrevendo o que sinto eu sou fiel
"Nos rabiscos do corpo de um papel
Deixo a alma da minha inspiração"


Renato Santos
Mote de Mariana Teles

terça-feira, 26 de abril de 2016

O CENÁRIO POLÍTICO VIROU GUERRA EM QUE O VOTO É A ARMA MAIS POTENTE


Observem meu povo, três partidos
Imperando na vil corrupção
E observem também nossa nação
No declínio de lados divididos
Onde a luz que ilumina os corrompidos
Escurece o futuro e o presente
E o passado é o culpado onipotente
Da batalha mais podre dessa terra
O cenário político virou guerra
Em que o voto é a arma mais potente


Quem jurou proteger e ser fiel
Com dois dedos cruzados fez a jura
E apesar de não ser uma ditadura
Tem os mesmos princípios de Fidel.
A reforma ficou só no papel
O país declinou sua vertente
E até mesmo a empresa mais crescente
Viu o seu capital descendo a serra
O cenário político virou guerra
Em que o voto é a arma mais potente


Os abutres já vendo a carne morta
Em total dissidência de abandono
Conspiraram pra queda de um patrono
Dando um golpe mortal em sua aorta
Desembarcam de vez batendo a porta
E onde tanto comeram verba quente
Cospem hoje no prato livremente
Visto que o seu dono já se encerra
O cenário político virou guerra
Em que o voto é a arma mais potente


Uma briga ferrenha dá pra ver
E o país sendo o mais prejudicado
Senador, Presidente, Deputado...
Tudo corja corrupta do poder
"Há um golpe! O país vai perecer".
"Não há golpe! É mentira dessa gente".
"Renuncie e me faça Presidente"...
"Eu jamais renuncio"! a outra berra
O cenário político virou guerra
Em que o voto é a arma mais potente


A verdade eu lhes conto sem mentira
Há um golpe de fato, ou melhor, dois
Um que tira um poder pra dar depois
E um que tem o poder de causar ira.
Mas ninguém não percebe que o que tira
Todo esse transtorno incompetente
É o poder que provém da própria gente
Que ao vender o seu voto se enterra
O cenário político virou guerra
Em que o voto é a arma mais potente


Renato Santos