quinta-feira, 5 de maio de 2016

SONETO SEM DATA

SEM DATA

Não dou data a poesia (por essência)
Nem critico quem data a sua obra
Meço o verso que faço -sem dar sobra,
Pra defeito nenhum ganhar ciência.


Agradeço ao senhor da onipotência
Que aumenta o saber que tenho em dobra
Ser poeta é entender que o verso cobra
Compromisso, empenho e diligência.

Não! Não sou de datar a poesia.
Acredito que tudo que se cria
Se for bom, deixa um rastro de saudade

Se o poeta e seu verso tiver sorte
Vai viver, certamente, após a morte
E 'sem data' ficar pra eternidade.

Renato Santos

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