domingo, 6 de novembro de 2011

À uma amiga da escola



Viajei nos caminhos da beleza
Seu abraço e sorriso eram meu vício
Sem os dois só restou-me um precipício
E uma imagem mostrando minha tristeza
Mesmo assim descobri tua realeza
Teu olhar ao meu peito dava vida
Mas você se fingindo de esquecida
Ignora meu pobre coração
Pois quem é desprezado sem razão
Perde até o direito da dormida
                                                              

Esqueci de esquecer o teu semblante
Que em noites tão frias foi meu porto
Seu retrato serviu-me de conforto
E em segredos quis ser o teu amante
Esse sonho utópico e distante
Em meu peito perdido fez jazida
Ao tentar esquecer-te na bebida
Me deixaste esquecido e em solidão
Pois quem é desprezado sem razão
Perde até o direito da dormida

Renato Santos

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