quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

ONTEM, HOJE E AMANHÃ

ONTEM
 
É tão triste hoje ter que admitir
Que o futuro sonhado está desfeito
Pelo tempo durado foi perfeito
Mas agora acabou e eu vou seguir
Um namoro até pode construir
Mas o fim desconstrói o nosso sonho
E na face que o riso foi risonho
Restam lágrimas correndo e apostando
Uma cai, mas a outra está brotando
Pelo rosto, abalado e tão tristonho

Duas vezes abri meu coração
Duas vezes senti a lança entrar
E a dor insistiu em penetrar
Já não creio nos rumos da paixão
Eu não sei se acredito em ilusão
Que o amor me iludiu e eu me feri
O vazio em meu peito eu construí
Com tijolos de lágrima e traição
Eu decreto: -te cala coração
Pois por mim o amor não entra aqui

HOJE

Só o tempo é quem cura os desenganos
E eu não sei, mas o tempo é um castigo
Quem eu amo me olha como amigo
E está bem distante de meus planos
Tantos erros e falhas, ou enganos
Minha vida parou na face dela
Eu perdi da agenda a foto bela
Que enfeitava meu pobre celular
Só por ela pedir para eu parar
De mandar as mensagens para ela

Hoje vi novidade em seu perfil
Que igualmente o amor me machucou
Vi que ela também se separou
E vi tristeza em seu rosto infantil
Mas pra mim é a mais linda do Brasil
E esperanças me movem com fervor
Eu só posso a falar que sinto dor
Vê-la triste me deixa entristecido
"Eu lamento na vida não ter sido
A primeira ilusão de seu amor"

AMANHÃ

Quando enfim meu caderno for só dela
E este peito ficar sem dona alguma
E as estrelas no céu não ter nenhuma
Vou chegar pra dizer, linda donzela
Me permita beijar tua face bela
E me deixe tocar no corpo teu
Se possível olhe o céu que apareceu
Uma estrela gigante que eu te dei
Me aceite, que ao mundo eu gritarei
Pra dizer que teu beijo é todo meu

Mas se tu não quiser o meu amor
Eu não vou entender, embora aceite
Mas meus versos serão como o azeite
Minhas rimas serão feitas de dor
Meu viver não terá nenhuma cor
Pois a cor só teus olhos pra pintar
E os sorrisos, eu sei, vão se acabar
Sem te ver logo sei que vou morrer
Você pode pedir pra eu te esquecer
Mas não pode obrigar-me a não lhe amar.

Renato Santos

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