quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ambiguidade

O mundo é um livro de porte
Que é ambíguo em toda parte
Pois há beleza na morte
E até feiura na arte
A flor, (símbolo da paixão)

Também enfeita o caixão
E a vida sobe e decai
Humano um ser indefeso
O homem mata e vai preso
E a morte mata e não vai



*

Tão triste a vida da gente
Que se acaba como a flor
Como o perfume do amor
Que pulsa em um peito quente
A morte tão diferente
Leva filho e leva pai
Deixa uma dor que não sai
Mesmo o peito estando ileso
O homem mata e vai preso
E a morte mata e não vai


Renato Santos

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