quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tripartição de amarguras

Um poeta disse:

Sofrendo de um mal sozinho
Necessito de um remédio
Minha vida é puro tédio

Necessito de carinho
Meu peito é pequenininho
Mas dá para alguém morar
Sofro de um mal secular
Sem saber o que fazer
Alguém pode me dizer
O que é bom para amar?

Outro respondeu:

Perceba meu caro amigo
Seu mal com o meu se parece
Meu peito também padece
E agora corre perigo
Talvez seja algum castigo
Que o céu mandou para mim
Sofrer de amor é ruim
Mas amor não faz sofrer
Alguém sabe responder
Um consolo para o fim?

Quando um outro poeta disse:

É triste sentir saudade
Quando o peito se apaixona
Não existe Dipirona
Que cure o peito, (ou metade)
É triste sentir vontade
Quando se tem um defeito
Nem é tão bom, nem perfeito
Mas o mal que lhe invade
É um trupicão de saudade
Batendo dentro do peito.
*
Renato Santos

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