E para aqueles que estavam distantes, os que dançavam eram loucos, mas os que estavam distantes não podiam ouvir a música.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Quando a gente cansa de alguém... Ou não é correspondido do jeito que quer.
Minha dura indecisão
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Que gosto tem um beijo?
E o calor de dois corpos se agitam
Duas línguas sedentas precipitam
A união de dois seres que se fundem
Quando longes as mentes se confundem
E o sobejo que resta é só vontade
Todos querem beijar pra eternidade
Mas um beijo faz algo acontecer
Eu beijei tua boca sem saber
Que teu beijo tem gosto de saudade
sábado, 27 de novembro de 2010
Mãe
Das primeiras quedas que eu tive na vida
Berço de afeto,a santa guarida
Que ainda hoje deve ter meu cheiro...
Eu que tantas vezes achei paradeiro
No sombra dos anos de paz revestida
Esqueci das guerras em que fui vencida
No calor do abraço do teu corpo inteiro
Foi teu ventre,mamãe primeiro teto
Que me viu repolsar ainda feto
E me fez crescer ao passar dos dias
Voltar hoje,pra lá não há mais jeito
Mas fiz um ventre nos confins do peito
Pra te guardar santa em minhas poesias
Mariana Teles
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
desafio de Geraldo Amâncio com Sebastião da Silva
é sujeita a ser cantada
se for forte não diz nada
mas se for fraca ela cai
mulher fraca sempre trai
todo corno é inocente
mas chifre em testa de gente
existe mas ninguém vê
o que o povo quer saber
se responde é com repente
tem dois viados de raça
um é caro outro é barato
um da praça outro do mato
um do mato outro da praça
o do mato a gente caça
o da praça caça a gente
o da praça é diferente
não é mulher mais quer ser
o que o povo quer saber
se responde é com repente
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Pra que morar em cidade grande, se a rotina do interior é mais saudável?

Um caótico trânsito indeciso
Um mendigo deitado num chão frio
Tem um clima que mete arrepio
Por o povo não ter tanto juízo
Um assalto a um carro de improviso
Me fizeram pensar num ideal:
Esse meio de vida é mais banal!
Sossegado é meu pedaço de chão.
Eu não troco um pedaço do sertão,
Por quarenta ou cinquenta capital.
Vendo prédios repletos de beleza
Vem em mente uma coisa abominante

Muita mata morrendo a cada instante
Demonstrando um cenário de pobreza
Mas se o homem só pensa na grandeza
Atropela seu nobre genial
Devastando assim o litoral
Aumentando a sua ambição
eu não troco um pedaço do sertão,
Por quarenta ou cinquenta capital.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
saudade

Me perdi nos caminhos da saudade
E em meu peito aflijo a lealdade
Na distância da dor de estar distante
Nessa vida inteira tão marcante
Penso em ti dia noite, noite e dia
Me afogo perdido em agonia
minha vida é assim tão abalada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia.
Renato santos
sábado, 7 de agosto de 2010
Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro

Texto ganhador da EREM Oliveira Lima
Feito pelo aluno Renato Santos de Melo
O arco-íris da poesia
Localizada no sertão do Alto Pajéu, a uma distância de 404 Km da capital Recife, São José do Egito é conhecida como a Capital da Poesia, isso por ter revelado grandes poetas reconhecidos internacionalmente. Um documentário exibido em rede nacional (2008) aponta que em cada 10 poetas nordestinos, 7 deles são ou viveram em São José do Egito. É comum entre os habitantes locais uma diferente forma de cumprimento: "bom dia poeta", "boa tarde poeta", "tudo bem poeta"; sempre acompanhado de poeta. O verdadeiro foco existente nesta tradição centenária, são os festivais de cantoria e as diversas festas locais, nas quais são apresentadas as bandas e os poetas repentistas.
Porém, nos dias atuais, o que era uma festa para expor os valores locais, está perdendo o seu espaço para bandas que estão na mídia. A maior prova disto tudo ocorreu no dia 18 de Julho de 2010, quando o trio e Banda Asas da América realizava um show em uma das festas tradicionais da cidade e a vocalista pediu para que alguém subisse no trio para declamar uma poesia, foi uma negação quando apenas uma pessoa foi declamar o verso que acima de tudo descrevia adoração à bebidas alcoólicas.
Diante de tal situação, penso que o povo da terra da poesia dá maior valor às festas do que a cultura existente. Alguns alunos do 2° ano ''F'' do Ensino Médio da Escola Oliveira Lima, realizaram uma pesquisa com 50 pessoas nos dias 2 e 3 de Agosto de 2010 e 7 em cada 10 entrevistados não sabiam ou não conheciam poesia ou poeta local, 8 dentre 10 preferiam bandas famosas à poetas nas festas. O argumento utilizado na última resposta era de que isso era coisa de gente velha.
A verdadeira essência poética da cidade, é ainda uma atração nacional. Em entrevista , a jovem Delmivânia de Souza Barros filha de um famoso poeta da região, revela: "o que falta para que a poesia seja reconhecida é a interação dos jovens nesse meio" e disse ainda: "meu pai é um grande adorador da poesia e tem contribuído bastante para o desenvolvimento do Quintal da Cantoria -evento realizado na última Quinta-feira de cada mês- que reúne vários poetas, repentistas e adoradores.
O lema na cidade é o seguinte: "quem não é poeta é louco, e quem é louco faz poesia". Contudo vejo que a poesia é como um arco-íris: não é composta apenas por uma simples cor, e sim com a interação de todas as 7 cores trabalhando juntas formando assim o colorido ar de alegria e emoção.
sábado, 17 de julho de 2010
Provável Futuro

Era tão lindo o mundo mas a treva
Uma pequena dor minuciosa
Habitual em seu rancor me leva
Mais aguda é, que a dor que tentou Eva
Dor de tudo, de todos, dor sem nome.
Prelibia a memória que se some
Não é todo espaço das esferas,
Onde o tempo que vem são novas eras
Com desdenho retrata a triste fome.
Soneto da Vida

Que não revela nem mágoa nem furor
Em cada beijo relembro o teu amor
De uma lembrança tão antes relembrada
Essa alegria que surge iluminada
Em teu semblante tão manso de louvor
Revela a face perfeita em tua cor
Que em meu peito com brando fez morada
Te dou meu ar, minha vida meu destino.
Acendo à chama e aprendo em teu ensino
Pois já não vivo sem ti, sem tua prece.
Meu coração que paralisado pula
É meu amor que por ti nunca se anula
Por que uma aranha invisível é quem o tece.
Pintura do tempo

Não há sol que consiga iluminar
De que importa chegar a algum lugar?
Surgem vácuos sem ter povoações.
Concentrando-se ao ar hesitações
Anoitece e o luar vem modelado
O vasio do espírito indomável
Conta história de hereditariedade
Um pincel de lembrança é a saudade
De quem vive a imagem do passado.

O cavalo assassino causa espanto
Vem do sul para o norte em quatro ventos
Refletindo em meros pensamentos
Cantaria eu morto o próprio canto
Retardado em silêncio calo ao pranto
Pela força de ver configurado
Cheira à morte um jardim abandonado
Emudeço sem ter capacidade
Um pincel de lembrança é a saudade
De quem vive a imagem do passado.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Gonzagão
Soneto à Luiz Gonzaga
Foi Gonzaga o pai rei do baião
Asa branca canção tão emblemática
Assum preto poesia sistemática
Asa branca de volta pro sertão
Com Humberto Teixeira campeão
Mula preta também se deu exata
Numa sala reboco canção nata
Junto com Marculino fez canção.
Piauí, Piriri, Quer ir mais eu?
Com Zé Dantas Gonzaga foi plebeu
Ao fazer a famosa Sabiá
Com Riacho o navio fez passagem
Disse Olha pro céu, pra ver miragem
Carolina cheirando a beira mar.
Renato Santos
Luiz Gonzaga, Rei do baião
Das canções desse homem tão famoso
Maioria se faz hoje presente
Sua vida pra muitos foi vivente
De um arcanjo tão belo glorioso
Transformava o feio em formoso
Sendo arte, poesia, rima, glória.
Ficará para sempre na memória
Da nação envolvente do sertão
Foi saudoso foi pai, rei do baião
E seu nome é um marco na história.
Renato Santos

Tem na rosa a essência do amor
A mulher sendo seu recipiente
Nenhum homem não sabe o que ela sente
Quando alguém desrrespeita seu valor
Toda dama é formosa como a flor
E nos dá atenção e alegria
Mas a minha se foi um certo dia
E eu não dei atenção a minha amada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Saudade

Conheci certa noite uma menina
Foi paixão que eu vi no seu olhar
O seus olhos azuis igual ao mar
Encontrei ao seu lado minha sina
Tempo passa e a gente só ensina
Que amor se deriva de alegria
Foi-se embora a mulher que eu mais queria
E eu olhando não pude fazer nada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia
Pois vivemos nós dois um forte laço
De amor, de romance e de paixão.
Acabou-se porém à relação
E a distancia se fez de dinastia
Não deu tempo eu voltar já te perdia
E a tristeza a mim foi condenada
A saudade insistente fez parada
No batente da minha moradia
segunda-feira, 7 de junho de 2010
quem disse os pequenos são pedaço?
Pode ter a coragem do elefante
Dando aula ao humano asqueroso
Diferente do homem preguiçoso
Dedicada à formiga é declarante
Tão pequena, mas torna-se gigante.
Tem a força e coragem do leão
Tal bravura se faz de inspiração
Talvez queira nos dar uma mensagem
Se até os pequenos tem coragem
Por que não receber sua lição?
Com o néctar vindo de uma flor
A abelha o transforma e faz o mel
Como pode um inseto ter no céu
Tal noção de complexo louvor
Faz enxames e adoça esse sabor
Demonstrando saber compreensão
É exemplo maior de união
Pra viver só dependem da viajem
Se até os pequenos tem coragem
Por que não receber sua lição?
Renato Santos

É como a foice da morte
Cortando a alma do amor
Trás desconfiança e dor
Sendo um sentimento forte
Quando chega acaba a sorte
Deixando apenas pavor
Matando qualquer valor
É uma faca sem corte
Palavra que tudo faz
Mata sonhos geniais
Acaba qualquer paixão
É coisa ruim é maldade
Parceira da vaidade
Destrói qualquer coração
Renato Santos
Numa sexta chegando eu meu leito
Uma mera lembrança fez retrato
O primeiro ciúme foi relato

De uma conta aberta em meu peito
Uma dívida feita de tal jeito
Sem temer sentimento tão barato
Não há ouro que finde esse contrato
Ou retire de mim tal preconceito
Dia quatro de Junho foi a noite
Um chicote em meu corpo fez açoite
Me deixando aberta uma ferida
Minha vida não tem nenhum valor
Se arrancarem de mim o nosso amor
Eu prefiro perder a minha vida.
Renato Santos
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Eu amava alguém que não me amou
Eu amei hoje sinto amargura
Quando amava, amava com ternura.
Mas aquela que amei nunca me amou
Do meu beijo afago soluçou
Esfriou meu calor minha quintura
A amava por sua formosura
A menina que amei me esitou.
Nos meus sonhos minha boca tu beijaste
Eu pergunto por que não me amaste?
Será que teu amor eu não mereço?
Só sentistes por mim desilusão
Magoastes meu pobre coração
E diante de ti hoje eu pereço!
Renato Santos
Tempo
Cada dia mais velho vou ficando
Na presença do tempo eu não nada
Sou apenas uma pedra na estrada
No caminho da vida contemplando
Todos erros olhando e consertando
Inspirado na noite enluarada
Que se some no fim da madrugada
Pra tristeza de quem ta namorando
É um fato a velhice maltratar
Mas alegre daquele que chegar
Nesse ciclo da vida com saúde
Pois maltrata no peito o coração
Se perdendo na imaginação
Nesse estágio a saudade nos ilude.
Renato Santos
Dediquei-me pra ti de corpo e alma
Foi em vão, pois você não mais me amou.
Mas aquela que amei já me deixou
Foi embora perdeu por mim sua calma
Abusei e abusando quem me salva?
Da tortura de viver infeliz
Hoje sinto me um mero aprendiz
Vou voltar a viver de boemia
Eu deixei de amar quem me queria
Pra sofrer por alguém que não me quis
Desde a tua partida eu não sou nada
Vivo apenas na luz do rastro teu
Hoje não tenho a luz dos olhos meu
Cada um ficou sego e sem estada
Na morada do lar da minha amada
Eu com ela sou homem tão feliz
Eu sem ela sou pó em chão de giz
Isso antes de tudo eu não sabia
Eu deixei de amar quem me queria
Pra sofrer por alguém que não me quis
Mote de welton melo
Poesia de Renato Santos
domingo, 16 de maio de 2010
pra que planos?
Muito triste é olhar para o passado
Amargando na mente o sentimento
Ter deixado pra traz um sofrimento
Morrer muito ligeiro abandonado
Nesse mundo pra sempre ta marcado
Como a brisa do mar talvez do vento
Vem marcado na mente o pensamento
Todo fato na vida constatado
Na figura do tempo abominante
Comparar a formiga ao elefante
É tentar que se ganha em se perder
É plantar sentimento imaturo
Não marcar nenhum plano pro futuro
Que o futuro tem planos pra você
Renato Santos
Acróstico
Sou da terra onde nasce o repente
A cidade por Deus abençoada
Onde tem um poeta em cada estrada
Jorra aqui a poesia do nascente
Onde o povo é feliz e bem contente
São José no primeiro centenário
É humilde perfeita e bem completa
Do Brasil é o berço do poeta
Ou melhor, desse mundo é o cenário.
Em Brasília de pé pos o plenário
Grandiosa e amiga da nação
Importante pernambucano eu sou
Trago a glória da terra que aprovou
O melhor cantador da região.
Renato Santos
Buscando a paz do amor
Hoje eu sofro um enorme imenso drama
Responsável por ter me apaixonado
Hoje eu quero viver só ao teu lado
Eu suplico rogando a minha dama
Relembrando loucuras em minha cama
Foram muitas às vezes no passado
Que se foste eu ficando abandonado
Neste mundo sou eu quem mais te ama
Foi um erro nossa separação
Carregastes de mim meu coração
O jogastes no lixo do tormento?
Apressado por ti faço partida
Te verei nem que seja em outra vida
Se eu morrer levarei seu pensamento
Renato Santos